O “Comboio Presidencial”, comboio de luxo que foi utilizado por Reis, Papas e Presidentes da República e que faz viagens turísticas no Douro, vai acabar em 2020, depois de um processo polémico que envolve suspeitas em torno da empresa que faz a exploração do projecto.
Está em causa um eventual favorecimento por parte da Fundação Museu Nacional Ferroviário à empresa T&M do empresário Gonçalo Castel Branco que já teve como sócia a mulher do antigo ministro do PSD Miguel Relvas, Marta Sousa, como lembra o Público.
Em 2015, quando a Fundação entregou a exploração do “Comboio Presidencial” à empresa, Marta Sousa ainda era sócia de Gonçalo Castel Branco.
O processo foi, na altura, liderado por Jaime Ramos, ex-presidente da Câmara do Entroncamento eleito pelo PSD e que era então o presidente da Fundação.
A Fundação está tecnicamente falida, com resultados negativos há vários anos, tendo como principal missão a gestão do Museu Nacional Ferroviário.
O restauro da composição histórica foi liderado pelo Museu e custou 1,5 milhões de euros, dos quais 1,2 milhões vieram de fundos comunitários. O restante foi pago por fundos públicos e a Fundação chegou a admitir explorar o comboio de luxo em passeios turísticos, através de parcerias públicas e privadas.
Mas, em 2015, a Fundação entregou à empresa de Marta Sousa e de Gonçalo Castel Branco o direito de exploração do “Comboio Presidencial”, num projecto que inclui viagens turísticas pela linha do Douro, com refeições a bordo confeccionadas por chefs reconhecidos.
As viagens custam cerca de 500 euros e podem ascender aos 2000 euros “se o cliente quiser pernoitar numa unidade hoteleira de luxo na zona da Régua”, como nota o Público.
O comboio, que só viaja aos fins-de-semana de Maio e Outubro por não ter ar condicionado, tem taxas de ocupação que rondam os 100 por cento e foi eleito o Melhor Evento Público do Mundo em 2017.
Acresce ainda o facto de a CP – Comboios de Portugal, que disponibiliza uma das suas locomotivas para rebocar o comboio, ter aceite, no primeiro ano em que o comboio começou a circular, um desconto de 10 mil euros na prestação do serviço, ao que apurou o jornal.
Apesar de parecer que estamos perante um negócio de luxo, Gonçalo Castel Branco assegura que não ganhou dinheiro com o projecto que “só deverá atingir o break even dentro de dois anos”, como nota ao Público.
“Se tudo correr bem, vou sair sem prejuízos nem lucros“, refere o empresário, assegurando que “não houve qualquer favorecimento”. “A Marta começou a trabalhar comigo ainda antes de casar com o Miguel Relvas e saiu da empresa seis meses depois do Presidencial ser lançado sem nunca ter ganho um euro”, constata, acrescentando que “outros operadores também se mostraram interessados no comboio, mas não aceitaram as condições impostas pelo Museu”.
O empresário queixa-se dos elevados custos de manutenção do projecto, notando que “cada edição do The Presidential está ligeiramente acima dos 200 mil euros, dos quais 90 mil euros são custos ferroviários”, enquanto as receitas rondam os 161 mil euros.
Confessando-se apaixonado por comboios, e com o “Presidencial” no fim da linha, Gonçalo Castel Branco tem já em marcha um outro projecto, o Comboio Vintage. “Será um Expresso do Oriente português, com preços mais em conta do que o Presidencial e que poderá ser acessível a quase todos os portugueses”, revela ao Público, falando de um investimento a rondar o um milhão de euros que será financiado por sócios luso-americanos que detêm 51% do capital da T&M.
Claro que sim, vamos então esmiuçar o negocio nestes energumenos…
Para não terem de pagar impostos convém mostrar que não há lugar a lucro, estratégia largamente conhecida!
Mas os lucros advêm de outras fontes indirectamente ligadas ao projecto, eles pensam que as pessoas são estúpidas, mas já cá andamos há muitos anos!
E vindo de onde vem, RELVAS, só podia ser uma negociata com contornos pouco claros.
Já todos conhecemos o historial do animal… trafulhices e esquemas é com ele!
Como é possivel na tao propalada democracia de sucesso do dr. costa?
É podre atrás de podre,é os bancos,é os dinheiros publicos a tapar burancos,é a tap,é os enfermeiros,é a saude,é a corrupção,é o emprego promisquo para os familiares no governo,etc.etc.
E para calar a malta toma lá passes a 40 euros e mais umas migalhas.
Mas quem vê o sempre sorridente dr. costa, nao devem ser importantes estes assuntos chatos e como estamos em eleições,varrem-se para debaixo do tapete. Ridiculo este país.
https://zap.aeiou.pt/autarca-do-psd-contratou-mulher-relvas-ajuste-directo-deixou-contrato-na-gaveta-190980