/

Já são conhecidas as colocações para o Ensino Superior

Rodrigo Antunes / Lusa

Quase 51 mil alunos conseguiram uma vaga na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, tendo ficado de fora cerca de 12 mil estudantes.

Segundo dados divulgados hoje pela Direção-Geral do Ensino Superior, 50.964 estudantes ficaram colocados no concurso nacional de acesso para ano letivo de 2020/2021, que começa esta semana na maioria das Instituições de Ensino Superior (IES).

Saiba, aqui, se conseguiu colocação no Ensino Superior neste ano letivo.

São mais 15% do que no ano passado e mais 21% do que em 2015, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior.

No entanto, também foram mais os estudantes que decidiram concorrer (mais 23% do que no ano passado) e este ano quase 12 mil não ficaram colocados, podendo agora concorrer à 2.ª fase que começa na segunda-feira com mais de seis mil vagas disponíveis.

Ou seja, este ano houve 62.930 alunos a tentar a sua sorte, dos quais 11.966 não conseguiram lugar no ensino universitário nem politécnico.

Do total de candidatos à primeira fase do concurso, 82% ficaram colocados, sendo que 84% foram admitidos numa das suas três primeiras opções.

Pouco mais de metade conseguiu mesmo um lugar no curso e instituição que desejava: 51% ficou colocado na sua primeira opção.

Em termos percentuais é um pouco mais baixo do que no ano passado (53% dos alunos ficaram na 1.º opção), mas em termos absolutos representa um aumento de cerca de 23 mil para 25 mil alunos.

Dos 50 mil caloiros, pouco mais de 30 mil vão para o ensino universitário (30.671) enquanto as instituições politécnicas vão receber cerca de 20 mil novos estudantes (20.293).

Tanto as universidades como os institutos politécnicos registam um aumento de cerca de três mil alunos em relação ao ano passado: As universidades passam de 27.280 para 30.671 e o ensino politécnico de 17.220 para 20.293 alunos.

As regiões de Lisboa e do Porto continuam a concentrar quase metade dos novos alunos: Este ano são 23.916 caloiros, o que significa um aumento de cerca de mais três mil do que no ano passado.

Também há cada vez mais alunos a escolher instituições localizadas em regiões com menor pressão demográfica: Este ano serão 12.314 estudantes (mais 20% do que no ano passado).

Além disso, cerca de 10 mil alunos escolheram como primeira opção um curso em instituições localizadas nestas regiões, o que representa um aumento de 28% em relação ao concurso do ano passado.

Dois cursos do Instituto Superior Técnico e um da Universidade do Porto têm os cursos com a média mais alta de entrada, que este ano chegou aos 19,13 valores.

Os 305 alunos que entraram nos cursos de Engenharia Física Tecnológica e Engenharia Aeroespacial, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, assim como o curso de Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, tiveram uma média superior a 19 valores.

Segundo uma análise da Lusa aos dados da DGES sobre os resultados da 1.º fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, estes foram os cursos com a média de entrada mais alta.

Segunda fase com 6 mil vagas

As instituições de ensino superior têm mais de seis mil vagas para os alunos que queiram concorrer à 2.º fase do Concurso Nacional de Acesso, mas existem quatro instituições já sem qualquer vaga.

Na segunda-feira arranca a 2.º fase do concurso e as instituições têm, pelo menos, 6.050 vagas para os estudantes, ou seja, metade do número de alunos que ficou de fora na 1.º fase.

Mas nem todas as instituições têm vagas: O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, por exemplo, volta a repetir a situação do ano passado, tendo preenchido todos os 1.338 lugares que disponibilizou.

Também não sobraram vagas nas escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e do Porto, segundo os dados da DGES.

A Universidade Nova de Lisboa também surge como uma das escolas mais procuradas, tendo ficado apenas com uma das quase três mil vagas que disponibilizou para esta fase. No ano passado, a Nova surgiu ao lado do ISCTE como as duas instituições cuja procura por parte dos alunos fez com que não sobrassem vagas.

Já em sentido inverso, a instituição com menos vagas preenchidas nesta 1.º fase é o Instituto Politécnico de Bragança: Das 2.160 vagas disponibilizadas foram ocupadas 1.029, ou seja, cerca de metade.

Também nesta lista surgem o Instituto Politécnico da Guarda que tem 512 vagas sobrantes, o Politécnico de Viseu com 484 lugares, o de Castelo Branco que tem 400 e o de Viana do Castelo com 375 vagas.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.