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Guardas e familiares das vítimas pediram clemência. Mas Nicholas Sutton foi executado

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(dr) Tennessee Department of Correction

Nicholas Sutton

O norte-americano foi executado, esta quinta-feira, no Tennessee, devido ao assassinato de quatro pessoas, apesar de alguns pedidos de clemência por parte de guardas prisionais e familiares das vítimas.

De acordo com a CNN, Nicholas Sutton, de 58 anos, foi executado na cadeira elétrica, numa prisão do Tennessee, nos Estados Unidos. O norte-americano foi condenado, em 1981, por ter assassinado três pessoas: a sua avó, Dorothy Sutton, e outros dois homens.

Já na prisão, o preso matou um outro recluso, alegadamente por este o ter ameaçado de morte, tendo ficado no corredor da morte desde 1985.

Em janeiro, o seu advogado alegou, no entanto, que, por três vezes, Sutton salvou a vida de alguns guardas prisionais e, por isso, pedia a suspensão da execução. Alguns desses funcionários também pediram clemência.

“Um grupo de cinco presos, armados com facas e outras armas, cercou-me e tentou fazer-me refém durante um motim na prisão em 1985. Nick e outro preso confrontaram-nos, afastaram-me da situação e levaram-me em segurança para outro edifício. Devo-lhe a minha vida”, disse Tony Eden, um dos funcionários, que agora já se encontra aposentado.

Segundo o canal televisivo, até familiares das vítimas de Sutton pediram para que a sua vida fosse poupada. É o caso de Charles Maynard, sobrinho de um dos homens que foi assassinado.

Lowell Sutton, que conhecia Sutton quando era criança e era sobrinho de Dorothy Sutton, também pediu o seu perdão, alegando que Nicholas foi “vítima das circunstâncias”, uma vez que cresceu numa casa problemática e com um pai instável.

“A sua execução é contestada por alguns familiares das vítimas, muitos dos jurados que o sentenciaram à morte reconhecem as suas mudanças, e um número alto de profissionais de correção apresentaram-se em seu nome”, disse o seu advogado.

Apesar dos vários pedidos, o Governador do Tennessee, Bill Lee, rejeitou a clemência, assim como o Supremo Tribunal dos Estados Unidos. Nas suas declarações finais, Sutton agradeceu à sua mulher e a Deus. “Espero fazer um melhor trabalho na próxima vida do que fiz nesta”, disse ainda.

O Tennessee suspendeu as execuções, em 2009, por causa de uma controvérsia com as injeções letais, mas restabeleceu-as em 2018. Sutton foi a sétima pessoa executada desde então.

ZAP //

6 Comments

    • Claro!!
      Mais um “cowboy” fanático religioso que, enquanto nega clemência a um condenado à morte (em 1985!), vai à missa ao Domingo, é contra a eutanásia e é activista “Pro-vida”!
      Merica!…

    • Claramente vc não é religiosa, caso contrario saberia o que é o arrependimento bem como o perdão…se até os familiares das vitimas perdoaram, se até vários guardas saíram em defesa do recluso quem se acha vc pra falar do que não sabe??
      Mais ainda, não foi o recluso quem pediu clemencia não, ele sabe que tinha de pagar pelo que fez….e vc? Sabe dos seus pecados? Está disposta a pagar por eles? A sua hora chegara, chega sempre, pode ser que aí os “seus juízes” sejam como vc, impiedosa 😉
      …”De que adianta ir à missa todo o domingo se mal se saí e até voltar a entrar só se espalha o ódio”…

      • Eu sempre estou em contra da pena de morte pois só Deus pode tirar uma, é certo que ele cegou outra 4 que não deveriam morrer também. Esse é um tema controverso e a maioría dos paises tem eliminado ela, pois a chance de erro e a manipulação da justicia são muito altas e depois já não tem como retificar. As vezes se faz para exemplarizar ou também para deter outros procesos pois imagino que se fosse poupado por assassinar a 4 pessoas tenderiam que perdoar a muitos que que tem menos de 4 mortos. De qualquer jeito uma morte seja qual for é um sucesso penoso.

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