O Ministério da Saúde chileno e a Universidade do Chile abriram um inquérito à actuação de uma equipa de cirurgiões que aparece num vídeo publicado nas redes sociais a interromper uma intervenção cirúrgica para assistir à meia-final da Taça das Confederações.
No vídeo, publicado esta quinta-feira no You Tube, vê-se a equipa de médicos durante uma intervenção cirúrgica a assistir num televisor montado na sala de operações ao jogo entre Portugal e o Chile, que a equipa sul-americana venceu por 3-0 no desempate por grandes penalidades.
Um dos médicos encontra-se, com o que parece ser um bisturi e uma tesoura, a operar um paciente enquanto desvia o olhar para o televisor. Ao fundo, outros membros da equipa médica dão saltos a comemorar a defesa de Cláudio Bravo ao remate de João Moutinho, no que foi a segunda grande penalidade falhada por Portugal.
Após o lance, o cirurgião desvia o olhar novamente para o corpo do paciente e prossegue com a operação, na qual é assistido por outro médico que, da mesma forma, tinha interrompido a intervenção para olhar para o lance.
Segundo o canal de televisão Canal 13, a falta de profissionalismo da equipa médica está a gerar grande revolta e controvérsia entre os chilenos, que, apesar da enorme euforia causada pela vitória da “La Roja” não deixaram de apontar duras críticas à atitude da equipa médica envolvida no caso.
Em comunicado, a direcção do Hospital Clínico da Universidade do Chile, no qual aconteceu o polémico acto médico, manifestou o seu “mais categórico repúdio” não só pelo facto de haver um televisor ligado na sala e a equipa ter interrompido a intervenção para ver o jogo, como também por “o ocorrido ter sido filmado” e difundido nas redes sociais.
O director do departamento de cirurgia do Hospital acrescenta, por sua vez, que o episódio “viola os princípios fundamentais de respeito pela privacidade do paciente e da solenidade do acto cirúrgico”. Segundo o responsável médico, “o paciente que foi operado evoluiu satisfatoriamente no período pós-operatório e encontra-se bem“.
Resta saber até que ponto a preocupação dos responsáveis da unidade hospitalar tem mais a ver com o facto de a equipa médica ter operado o paciente aos saltos a olhar para um televisor, ou de a peculiar operação ter sido “gravada e difundida”.
Pelo que percebi no face do truques da imprensa portuguesa nao foi bem assim. Vejam là
Caro José Monteiro,
Em que aspecto é que “não foi bem assim” ?
Foi exactamente assim – como nós contámos. Com detalhes, declarações de responsáveis e links para a fonte.
O facto de um outro jornal ter dado uma notícia vaga que mereceu o comentário numa página de Facebook de que “não dizia onde aconteceu e só mostrava um vídeo”, não justifica que venha aqui comentar que “não foi bem assim, vejam lá”, e só se compreende se o tiver feito sem sequer ter lido uma linha da nossa notícia para lá do título.
Tu é que andas a ver muito mal…
Cirurgioes e todas as outras profissoes tal como em Portugal