Um email que simulava ser dos serviços de limpeza foi responsável por dois ciberataques, ao Hospital Garcia de Horta e ao Hospital Litoral Alentejano.
O Hospital Garcia de Horta, em Almada, e o Hospital Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, foram alvo de ataques informáticos com pedido de resgate, conhecidos como ransomwares.
No ataque informático ao Garcia de Horta, o pedido de resgate foi detetado num ficheiro que terá sido deixado visível pelos piratas, ao que tudo indica para que os responsáveis da unidade hospitalar os contactassem.
Existem suspeitas que este ataque informático tenha sido perpetrado pelo mesmo grupo de hackers que invadiu o sistema dos laboratórios Germano de Sousa.
O ataque deixou todos os sistemas em baixo, o que obrigou ao adiamento de consultas, exames e cirurgias.
Em ambos os casos, descreve o Expresso, os responsáveis prometem devolver os dados roubados em troca de bitcoins.
“Tudo partiu de um email que simulava ser dos serviços de limpeza de hospitais e centros de saúde“, contou ao semanário uma fonte próxima do processo.
“Esse email tinha um link e quando alguém clicava nele instalava automaticamente o malware. O vírus está disseminado pela rede dos serviços partilhados do ministério da saúde (SPMS)”, acrescentou.
Os hospitais Garcia de Horta e Litoral Alentejano não são os únicos afetados. Há mais centros de saúde e pelo menos um Instituto Português de Oncologia afetados.
“O ransomware é introduzido numa organização através de e-mail spam ou utilizadores internos que de forma irresponsável usam software infetado com malware. O maior perigo atualmente é o utilizador interno irresponsável”, disse ainda a mesma fonte ao Expresso.
