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Explorar ruínas debaixo de água. Chipre aposta no turismo de snorkelling

Bayreuth2009 / Wikimedia

Ruínas da antiga cidade de Amathus (Chipre)

Um porto construído na costa sul de Chipre, há cerca de 2.400 anos, está agora a ser transformado numa atração turística subaquática.

A apenas alguns metros debaixo de água, o porto de Amathus será em breve a mais recente atração turística do Chipre. Os mais aventureiros poderão praticar snorkel enquanto admiram os antigos vestígios de pedra do porto, perto da cidade turística de Limassol.

Segundo a Euronews, o destino será o primeiro parque arqueológico subaquático do Chipre.

Diz-se que Demétrio, o Besieger, um poderoso rei guerreiro e um dos sucessores de Alexandre, o Grande, construiu este porto na costa sul do Chipre há 2.400 anos para impedir uma potencial invasão naval do governante do Egito, Ptolomeu I, outro dos herdeiros de Alexandre.

Arqueólogos franceses que estudaram inicialmente o antigo porto de Amathus acreditam que se tratava de um trabalho de fortificação militar incompleto.

Agora, as autoridades estão a apostar no turismo de mergulho como uma opção atrativa e socialmente distante, numa altura em que a pandemia de covid-19 reduziu dramaticamente o número de turistas.

“Tanto os turistas como os visitantes locais terão a oportunidade de ver este impressionante porto antigo, de nadar sobre ele e de ver como foi construído”, disse Yiannis Violaris, funcionário do departamento de Antiguidades de Chipre.

O que torna este porto único para todo o Mediterrâneo oriental é o seu estado de conservação, combinado com a sua proximidade da linha costeira.

Além disso, o facto de o Chipre ter obtido, pelo segundo ano consecutivo, as melhores classificações para as águas mais limpas entre todas as outras nações da União Europeia (UE) é um grande bónus.

Equipas especializadas em mergulho estão agora a limpar o porto e a traçar rotas subaquáticas que os nadadores poderão seguir no seu passeio subaquático.

O turismo representa cerca de 13% da economia cipriota. De acordo com os últimos dados disponíveis, as chegadas de turistas entre janeiro e fevereiro deste ano marcaram uma queda de 86% em relação ao mesmo período de 2019, altura em que o Chipre atingiu um máximo histórico no número de viajantes que optaram por passar férias na ilha.

Liliana Malainho, ZAP //

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