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“Firme contra-ataque.” China promete retaliar após decisões de Trump que visam o país

Chris Kleponis / EPA

Donald Trump anunciou, na sexta-feira, que os Estados Unidos vão interditar a entrada de cidadãos chineses que representam um “risco” para a segurança do país. China promete retaliar.

A China prometeu, esta segunda-feira, retaliar contra a decisão dos Estados Unidos de limitar a entrada de cidadãos chineses no seu território e impor sanções comerciais a Hong Kong.

“Qualquer declaração ou ação que prejudique os interesses da China terá um firme contra-ataque”, afirmou Zhao Lijian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em conferência de imprensa. “A China pede aos Estados Unidos que corrijam imediatamente os seus erros e abandonem a mentalidade da Guerra Fria.”

Na sexta-feira, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão interditar a entrada de cidadãos chineses que representam um “risco” para a segurança do país. A medida anunciada pelo Presidente norte-americano pode afetar estudantes chineses ligados a universidades vinculadas às forças armadas da China ou quadros do Partido Comunista Chinês.

Trump pediu ainda ao seu Governo que acabe com medidas comerciais preferenciais concedidas a Hong Kong, depois de Pequim ter aprovado uma controversa lei de segurança nacional na região semiautónoma.

Donald Trump pediu ainda aos seus funcionários que investiguem empresas chinesas listadas nas praças financeiras norte-americanas.

Os Estados Unidos passaram nos últimos anos a definir a China como a sua “principal ameaça”, apostando numa estratégia de contenção das ambições chinesas, que se traduziu já numa guerra comercial e tecnológica e várias disputas por influência no leste da Ásia.

A marinha norte-americana reforçou ainda as patrulhas no Mar do Sul da China, reclamado quase na totalidade por Pequim, apesar dos protestos dos países vizinhos, enquanto Washington tem reforçado os laços com Taiwan, que se assume como uma entidade política soberana, contra a vontade de Pequim, que ameaça “usar a força” caso a ilha declare independência.

ZAP // Lusa

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