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“Fracos, inferiores e tímidos”. China apresenta plano para tornar os rapazes mais “masculinos”

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O governo chinês acredita que os jovens estão a ficar mais “efeminados”. Para combater o que considera um problema, criou um plano para levar os rapazes a praticar mais desporto e torná-los mais “masculinos”.

Com o objetivo de enfrentar o que considera uma “crise de masculinidade”, o Ministério da Educação propôs enfatizar os atributos masculinos aos olhos dos rapazes. Para isso, pretende contratar mais professores de educação física e renovar as aulas de ginástica nas escolas primárias e secundárias.

Apresentado na semana passada, o plano responde à proposta de Si Zefu, um membro da Conferência Política Consultiva Popular da China, órgão consultivo do Governo, apresentada em maio de 2020.

Intitulada “Proposta para Prevenir a Feminização em Jovens”, a proposta defendia que muito mais homens deveriam ser contratados como professores de educação física para aumentar a “influência masculina” nas escolas.

Si Zefu afirmava que a prevalência de professoras nas escolas e a popularidade dos “rapazes bonitos” na cultura pop tinha feito os jovens “fracos, inferiores e tímidos” – referiu em comunicado.

Embora a proposta ainda esteja pouco detalhada, o plano já gerou polémica e está a levar a um aceso debate nas redes sociais – um hashtag sobre o plano do ministério reuniu, pelo menos, 1,5 mil milhões de opiniões na rede social Weibo.

Neste sentido, alguns utilizadores expressaram desagrado face à proposta, defendendo que evidencia a discriminação sexual e a perpetuação dos estereótipos de género. Contudo, também houve quem a apoiasse: “É difícil imaginar que rapazes tão efeminados consigam defender o seu país de uma invasão estrangeira”, pode ler-se num comentário partilhado pelo New York Times.

Por sua vez, a televisão pública CCTV questionou a proposta do ministério. “A educação não é simplesmente sobre cultivar ‘homens’ e ‘mulheres’. É mais importante desenvolver uma vontade de assumir responsabilidades”, escreveu no Weibo.

Citada pela Reuters, a investigadora feminista Li Jun defendeu que o plano do ministério reflete as atitudes estereotipadas em relação ao género: “A proposta representa alguns estereótipos na China sobre a masculinidade, que é contra a igualdade e diversidade de género, uma vez que considera ser efeminado como algo negativo e perigoso, e considera a masculinidade como sendo útil à nação chinesa”.

ZAP //

5 Comments

    • T rex?!. Tudo o que não é gay e masoquista, é pré histórico, é isso?!..
      Ser progressista é ser gay e manso?!
      É o homem sem direitos e subserviente a mulher?!..
      Não obrigado!..

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