A China não regista, desde 17 de maio, vítimas mortais causadas pelo novo coronavírus. No entanto, há dois surtos ativos que parecem não impedir a população de caminhar em direção à normalidade.
À semelhança do resto do mundo, o país onde surgiu o novo coronavírus anseia pela normalidade e a prova disso é o rol de eventos que têm surgido no país e que atraem milhares de chineses – muitas vezes, sem máscara, avança o Diário de Notícias.
Em Xangai, realizou-se no passado fim de semana mais um ChinaJoy e os amantes do gaming responderam à chamada. A cidade também recebeu a primeira loja Ikea outlet do território – a Ikea City, que atraiu a atenção de várias pessoas. Qingdao recebeu ainda um festival de cerveja e foram muitos os que brindaram em conjunto.
As autoridades chinesas não anunciam, desde 17 de maio, uma única morte. Mas a verdade é que o país tem em mãos dois surtos ativos: um na região oeste de Xinjiang e outro na província nordeste Liaoning, centrado na cidade portuária de Dalian.
Na terça-feira, a China registou 27 novos casos, 22 dos quais contágios locais na zona de Xinjiang, onde um surto surgiu há três semanas. Todos os casos em Xinjiang ocorreram por contágio local, enquanto que em Liaoning não foram registados novos casos.
Os números revelam que, pelo o quinto dia consecutivo, a China regista menos de 50 infeções, depois de na semana passada ter tido três dias seguidos acima de 100.
O DN escreve que, se não fossem estes dois surtos ativos a estragar a pintura, a situação sanitária na China até parecia controlada. O quotidiano espelha esse desejo pela normalidade: o festival de cerveja juntou milhares em várias atividades que se assistem (e apreciam) em conjunto e o ChinaJoy, o maior evento de exposição de jogos na China, foi palco de vários ajuntamentos.
Mas há outra situação a preocupar o país asiático: a peste suína africana. A China é o maior produtor de carne de porco do mundo e teme o atraso das exportações. Além disso, de acordo com o diário, o que está agora a agravar a situação são as chuvas torrenciais que, desde junho, causaram enchentes como não se viam há décadas no rio Yangtze.
A subida do nível das águas deixou várias propriedades submersas e, além de estragos materiais, muitos animais morreram afogados e outros tiveram que ser abatidos.
Coronavírus / Covid-19
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