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China e EUA discutem calendário de negociações para acabar com guerra comercial

Thomas Peter / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping

O breve comunicado de Pequim indica que foi discutido “o calendário das próximas consultas económicas e comerciais”, sem precisar, no entanto, onde e quando terão lugar.

Negociadores chineses e norte-americanos discutiram por telefone um calendário de negociações para tentar acabar com a disputa comercial entre os dois países, informou esta terça-feira o Ministério do Comércio da China.

O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, falou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, e com o representante de Comércio, Robert Lighthizer, sobre as formas de concretizar o “consenso” alcançado pelos líderes dos dois países, após o entendimento alcançado entre os presidentes chinês e norte-americano na cimeira do G20 de 30 de novembro em Buenos Aires, na Argentina.

Num breve comunicado , Pequim indica que foi discutido “o calendário das próximas consultas económicas e comerciais”, mas não precisa onde ou quando estas terão lugar.

No texto também não consta qualquer informação sobre se Liu He e os seus interlocutores abordaram o caso Huawei, que voltou a colocar tensão nas relações entre os dois países após a detenção da dirigente do gigante de telecomunicações chinês.

Os dois países estabeleceram uma trégua comercial que, na prática, adiou por 90 dias o aumento das taxas alfandegárias norte-americanas impostas sobre importações chinesas, depois de Donald Trump e Xi Jinping chegaram a acordo durante um jantar, no final da cimeira do G20, num momento em que os Estados Unidos registam recordes negativos no défice comercial e a China uma desaceleração da economia.

A administração norte-americana tinha anunciado que as taxas alfandegárias sobre importações chineses no valor de 200 mil milhões de dólares iam crescer de 10% para 25% no início do próximo ano e Trump estava a considerar alargar o número de bens chineses que iriam sofrer esse aumento.

// Lusa

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