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China diz à Índia para retirar tropas e não abusar da sorte

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Antônio Milena / Wikimedia

Desfile do Exército da Índia, regimento Sikh

A China avisou a Índia para não subestimar a sua determinação em salvaguardar o que considera território seu, numa altura de renovada tensão entre os dois países vizinhos, em torno de uma área disputada nos Himalaias.

O ministro chinês da Defesa, Wu Qian, disse esta segunda-feira que a China continua a exigir a retirada das tropas indianas do planalto de Doklam, uma área também reclamada pelo Butão, que mantém com a Índia uma cooperação próxima a nível de segurança, e onde a China está a construir uma estrada.

A determinação de Pequim em defender o seu território é “inabalável”, afirmou Wu. “É mais fácil fazer tremer uma montanha do que o Exército de Libertação Popular“, acrescentou, usando o nome oficial do exército chinês.

“Um lembrete para a índia: não abusem da sorte e não se agarrem a fantasias“, disse ainda o ministro da Defesa chinês.

A Índia defende que os dois lados devem retirar as suas tropas da região e negociar. Nova Deli enviou tropas para o outro lado da fronteira depois de equipas de construção chinesas terem iniciado a expansão para sul da estrada de Yadong, no Tibete.

Enquanto os dois lados têm optado, até à data, por se conter, a retórica adotada em Pequim e Nova Deli suscita preocupações de que as hostilidades resultem num conflito, como o ocorrido em 1962, que causou milhares de mortos.

China e Índia, ambas potências nucleares, partilham uma fronteira com 3.500 quilómetros de extensão, a maior parte da qual contestada. Pequim é um importante aliado e fornecedor de armas do Paquistão, país rival da Índia.

A crise deverá ser abordada durante a visita do Conselheiro de Segurança Nacional indiano, Ajit Doval, a Pequim, esta semana, para participar num fórum do grupo de economias emergentes BRICS, dedicado à segurança.

// Lusa

2 Comments

  1. O colonialismo parece não ter fim à vista, tanto um país como o outro não lhes basta o território que possuem, querem mais ainda e quanto ao direito dos povos locais estão-se nas tintas para tais direitos.

  2. Dos fracos não reza a História.
    E a História ensina que as fronteiras e o espaço territorial e maritimo só pertence aos que o conquistam e defendem foi e ainda é assim.
    Como diz o comunicado chinês não adianta agarrar-se a ilusões.
    Quem não tem garra perde acobarda-se trai e extingue-se.
    Sempre foi assim!

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