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China: Barbatanas de tubarão fecham restaurantes

Y-Not ? / Flickr

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Vários restaurantes de Pequim, na China, estão a alterar os menus e outros a fechar desde que foi aprovado um regulamento, em 2013, que acaba com as excepções que permitem cortar barbatanas de tubarões nos navios.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, seis meses depois de a China ter banido a sopa de tubarão dos banquetes oficiais, o preço [das barbatanas de tubarão] caiu entre 20% a 30% em Hong Kong e em Macau, bem como noutros grandes mercados.

O jornal noticia que alguns restaurantes conhecidos pela sopa de tubarão alteraram os menus e outros encerraram, enquanto as companhias aéreas e os hotéis deixaram de servir esta sopa.

Em Junho de 2013, o Conselho da União Europeia (UE) adoptou um regulamento que acaba com as excepções que permitem cortar barbatanas de tubarões nos navios, de que beneficiam as frotas portuguesa e espanhola, com o voto contra de Portugal.

A prática de ‘finning’ – que consiste em aproveitar as barbatanas dos tubarões e rejeitar as restantes partes, que são atiradas ao mar – é proibida na UE desde 2003, mas a legislação em vigor até Junho permitia algumas excepções.

Posteriormente a esta decisão, em Dezembro último, as autoridades chinesas decidiram banir a sopa de barbatana de tubarão das recepções oficiais, esperando que esta protecção se alargue a outras espécies ameaçadas.

O Conselho de Assuntos do Estado (Governo) e o comité central do Partido Comunista chinês (PCC), órgão dirigente do país, publicaram uma directiva que proíbe “servir pratos com barbatana de tubarão, ninhos de andorinha e produtos provenientes de animais selvagens nos jantares e recepções oficiais”.

A sopa de barbatana de tubarão é considerada, há séculos, uma iguaria na China e o preço atinge níveis muito elevados nos mercados, nomeadamente em Hong Kong.

Esta tradição levou à pesca desenfreada de tubarões em todo o mundo. As barbatanas são cortadas, em animais ainda vivos que são, em seguida, lançados mutilados ao mar, acabando por morrer.

Nos últimos anos, sob a pressão de organizações não-governamentais e instituições internacionais, um número crescente de personalidades chinesas, hotéis e restaurantes declararam renunciar à sopa de barbatana de tubarão.

/Lusa

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