Depois das cheias, praga de aranhas e cobras assola Austrália

Lukas Coch / EPA

As cheias no sudeste da Austrália causaram um êxodo em massa de aranhas e cobras para os terrenos e habitações dos residentes.

As fortes chuvas que assolaram a Austrália começaram na passada quinta-feira, dia 18 de março, no estado de Nova Gales do Sul. No entanto, segundo a CNN, a situação agravou-se no passado sábado, com o transbordo da barragem de Warragamba, que aumentou o volume dos rios.

Na segunda-feira, o governante de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, anunciou que mais de 18 mil pessoas já tinham sido evacuadas da região. Curiosamente, a área afetada este ano pelas enchentes é a mesma que, em 2020, enfrentava uma das piores secas e incêndios florestais catastróficos.

Nas redes sociais, são várias as imagens partilhadas pelos moradores que mostram a praga de aranhas e cobras provocadas pelas inundações.

Matt Lovenfosse, residente em Kinchela Creek, partilhou várias fotografias no Facebook. “É surpreendente e bizarro. As aranhas subiram para a casa, para a cerca, para todos os sítios onde conseguiram. Quando as águas sobem, também as cobras sobem para as árvores”, contou ao The Guardian Austrália.

No TikTok, a utilizadora Shenea Varley também partilhou um vídeo que retrata o sucedido. Na descrição lê-se: “Elas [as aranhas] também sobem para as pernas à procura de abrigo se não tivermos cuidado”.

Na quarta-feira, os australianos acordaram com sol, mas os moradores têm de se preparar para o influxo da aranha-teia-de-funil, escreve o Daily Telegraph.

Em comunicado, Tim Faulkner, do Australian Reptile Park, referiu que “o tempo quente que se aproxima e os altos níveis de humidade são a tempestade perfeita para um fluxo grande de aranhas-teia-de-funil nos próximos dias”.

No ano passado, depois dos incêndios florestais que assolaram o país, um grupo de especialistas alertou para o perigo de aranhas mortais se proliferarem. A Austrália é a casa de, pelo menos, 40 espécies de aranha-teia-de-funil. Uma delas é considerada a aranha mais letal para os seres humanos.

Liliana Malainho, ZAP //

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