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Chegada de emigrantes obriga autarcas do Interior a apertar as regras

Luís Forra / EPA

Os autarcas do Interior do país, sobretudo de regiões onde a variante Delta ainda não se impôs e o número de novos casos de covid-19 não limita o quotidiano das populações, estão preocupados com o regresso dos emigrantes este verão.

Em declarações ao Jornal de Notícias, Artur Nunes, presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, referiu que não há medidas específicas para os emigrantes.

O responsável informou, no entanto, que se tomaram algumas decisões no sentido de se evitar possíveis contágios, como a proibição de autorizar a realização de eventos, atividades ou manifestações de qualquer ordem em espaços abertos, vias públicas ou espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas até 30 de setembro.

De acordo com o diário, as romarias também estão proibidas, alguns espaços públicos fechados para evitar concentrações e há câmaras a tomar medidas extra para evitar os contágios. É o caso das autarquias do Fundão e de Oleiros, que vão distribuir testes rápidos pelas aldeias.

A Câmara de Mirandela aposta nos alertas a residentes e emigrantes. “Temos passado informação sonora através da rádio local e com uma viatura da Proteção Civil Municipal que circula pelas aldeias e passa na feira todas as quintas-feiras”, adiantou a autarca, Júlia Rodrigues.

António Robalo, presidente da Câmara do Sabugal, decidiu suspender a Capeia Raiana, uma manifestação tauromáquica específica de algumas povoações do concelho, assim como as festividades de verão como forma de “reduzir a atratividade da geração mais jovem”. A autarquia também vai distribuir testes covid.

Em Vimioso tomaram-se medidas mais “duras”, como piscinas e parque de campismo fechados ao público. “Muita gente discorda, mas julgamos que podiam ser focos de contaminação”, justificou o presidente da Câmara, Jorge Fidalgo, ao JN.

Já o autarca de Monção, António Barbosa, sublinha que os emigrantes “são bem-vindos, até porque a economia local necessita da emigração”. Da mesma forma, Miguel Alves, presidente da Câmara de Caminha, está otimista com a vacinação e lembra que “os emigrantes têm dado sinais de saberem cumprir as regras”.

Ao contrário do ano passado, tudo indica que muitos portugueses residentes no estrangeiro voltarão a Portugal para passar o tradicional mês de agosto nas terras Natal.

ZAP //

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