Chega tem (novos) problemas internos

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António Pedro Santos / Lusa

Depois das críticas em Lisboa, a detenção em Braga: há “mais confusão interna do que deveria”.

O Chega foi notícia nesta semana, em dois momentos particulares – e nenhum esteve relacionado com política.

André Ventura protagonizou um vídeo onde cola um cartaz do “gamar” à porta da sala do PS no Parlamento. Um vídeo “mentiroso”, já que afinal colou à porta da sala do PSD.

Na véspera, deputado do Chega na Assembleia Municipal de Braga, Sérgio Júnior, foi detido por tráfico de substâncias e métodos proibidos e por posse de armas.

A decisão do Tribunal de Braga foi a medida de coacção mais ligeira: termo de identidade e residência.

O gerente do ginásio – que está em nome da esposa – está também proibido de entrar nesse ginásio.

Não se sabe se o Chega mantém a confiança política em Sérgio Júnior, indica o jornal Expresso.

Vila Verde e Lisboa

O semanário lembra que a vida interna do Chega voltou a ficar agitada algumas semanas antes.

Já em Outubro foi aberto um processo disciplinar no Conselho de Jurisdição do partido contra Fernando Feitor.

O vereador em Vila Verde criticou o deputado Filipe Melo na imprensa local, questionando a sua liderança em Braga.

Pelo menos em Braga há “mais confusão interna do que deveria”, admite um militante do Chega na capital do Minho.

Já em Lisboa tinha havido problemas internos. Nas eleições para os órgãos distritais, no mês passado, houve acusações e insultos entre membros das duas listas.

Um dos focos foi a alegada profissão de Helga Cunha, uma das militantes que foi eleita: seria dançarina do varão.

Mas Helga Cunha assegura que tudo foi manipulado: “A foto que circula nas redes sociais é de umas aulas de dança que fiz há muitos anos, e foi manipulada. Pondero fazer queixa judicial”.

“Fizeram jogo sujo durante a campanha e continuam. Não sabem fazer política e inventam histórias. É repugnante”, continua.

Quem venceu essas eleições foi Pedro Pessanha – que já substituiu três dos 13 coordenadores concelhios, entrando pessoas da sua “confiança política”.

ZAP //

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