“Por fora é uma coisa, por dentro é outra”. Chega pode já ter perdido 50 dos 397 autarcas eleitos em setembro

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Tiago Petinga / Lusa

O deputado do Chega, André Ventura.

Entre os argumentos apresentados pelos vereadores para as demissões estão a falta de democracia interna, divergências ou com o funcionamento irregular dos órgãos dos partido.

O episódio da demissão de Gabriel Mithá Ribeiro, deputado e um dos principais ideólogos do Chega, está longe de ser caso único no partido, com muitos dos eleitos nas eleições autárquicas de setembro a passarem a independentes ou a desistirem de exercer funções mesmo antes da tomada de posse. De acordo com o jornal Público, o Chega elegeu 397 autarcas nas últimas eleições autárquicas de setembro, mas pode já ter perdido quase 50. Este número não é, ainda assim, confirmado ou comentado pelo Chega.

Entre os argumentos apresentados pelos vereadores para as demissões estão, por exemplo, falta de democracia interna, divergências com os dirigentes locais ou com o funcionamento irregular dos órgãos dos partido. Em termos práticos, após a desvinculação de cinco vereadores, o Chega está em risco de perder mais um: Fernando Silva, vereador em Vila Real, que em julho foi suspenso, por 30 dias, de funções partidárias pela comissão de Ética do Chega.

À mesma fonte, o responsável reconheceu a possibilidade de passar a vereador independente, abrindo caminho para que dois deputados da assembleia municipal de Vila Verde lhe sigam os passos. O mesmo aconteceu com com Cidália Figueiredo, vereadora de Moura, com Ivo Pedaço (Moita) e os deputados da assembleia municipal e da assembleia de freguesia. Seixal, Entroncamento e Sintra são outros exemplos.

Nuno Afonso, antigo coordenador autárquico do Chega e antigo chefe de gabinete de André Ventura, que num passado recente tem estado em rota de colisão com o líder, tem algumas explicações possíveis, a começar pela falta de acompanhamento que é dado pelo partido aos eleitos, muitos deles inexperientes neste tipo de cargos. “As pessoas não tinham experiência política e sentiram-se perdidas porque não tiveram apoio após as eleições.”

O também fundador do partido lembrou as diferenças entre o trabalho que é feito a nível autárquico e na Assembleia da República. “O que se faz na Assembleia da República não é o que se faz numa autarquia. Nas autarquias temos de pensar que lidamos com as pessoas e que o que fazemos tem incidência direta na vida das pessoas. É preciso que haja noção disso por parte das pessoas do Chega”, sinalizou.

ZAP //

7 Comments

  1. Então “Nas autarquias temos de pensar que lidamos com as pessoas e que o que fazemos tem incidência direta na vida das pessoas.” mas na assembleia da república não?

  2. Este gajo com pinta de cigano e um passado estranho ligado à igreja é claramente um ditadorzinho.
    Ofereçam-lhe uma lâmina para mudar o look!

  3. Bom dia. É um grupelho que faz muito barulho, muitas vezes sem educação do seu chefe arruaceiro. Vai ser uma bolha de ar que se extingue por ela própria. Já nem o deles engana.

  4. Existem aqui comentários, que antes de serem feitos, deveriam olhar para dentro de si primeiramente e depois expressarem a sua opinião, até parece que são pertencentes ao grupo dos subsídio-dependentes, ou então passam pela mesma Avenida.

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