O presidente da distrital de Évora afirma que a responsabilidade do pagamento da renda cabia a Tiago Sousa Dias, um dos secretários-gerais do partido, mas Sousa Dias nega que esse seja o caso.
O Chega está a ser alvo de uma acção de despejo da sua sede em Évora, depois de não ter pagado a renda ao senhorio durante oito meses. A notícia foi avançada pelo Expresso, que teve acesso ao processo entre a Sociedade Agrícola Luís Gonzalez e o partido de André Ventura.
O espaço em causa fica na Rua Alcárcova de Baixo. O processo de despejo foi aberto em Novembro, devido às falhas no pagamento da renda de 180 euros mensais entre Maio e Dezembro do ano passado, na sequência de um contrato assinado a 26 de Outubro de 2020.
O montante total da dívida é de 1728 euros, juntando-se os 1140 euros das rendas em atraso a uma indemnização de 20% deste valor (288 euros) que está prevista no contrato de arrendamento. O caso vai ser apreciado pelo Juízo Local Cível de Évora.
Carlos Magno Magalhães, presidente da distrital de Évora do Chega, revela ao Expresso que desconhecia o que se passava e que Tiago Sousa Dias, um dos secretários-gerais do partido, era o responsável pelo pagamento da renda.
O presidente da distrital garante também que o Chega entregou “as chaves aos donos em novembro” e que já não usa aquele espaço como sede. “Não temos nada a ver com isso. Quem tem a ver com isso é a nacional, não é a distrital. A distrital não tem conta”, revela.
Já Tiago Sousa Dias adianta ao mesmo jornal que já não é o responsável pelas finanças do partido desde Outubro e remete as perguntas para Rui Paulo Sousa, director de campanha do Chega para legislativas.
Os pagamentos em falta são ainda referentes ao período em que Sousa Dias coordenava as finanças do Chega, mas este chuta as culpas para a distrital: “Quem é responsável, ou era, não sei como é que isso está, pelo pagamento da renda era a distrital de Évora. Não sei, não faço ideia, não sou responsável financeiro do partido”.
Já Rui Paulo Sousa diz que não tem conhecimento do caso e explica que com a confusão das eleições, tem faltado “tempo e disponibilidade” para se verificarem estas situações, mas garante que o Chega não vai ficar a dever a ninguém.