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Chefes militares querem soldados feridos em combate nos quadros permanentes

Os chefes militares estão a ponderar soluções para a entrada dos militares contratados feridos em combate nos quadros permanentes das Forças Armadas, escreve o Diário de Notícias esta segunda-feira.

De acordo com o matutino, esta eventual mudança radical nas Forças Armadas surge na sequência do recente acidente na República Centro Africana, que levou à amputação das duas perdas do soldado comando Aliu Camará, de 23 anos.

Aliu Camará está no Exército a contrato. De acordo com a legislação em vigor, o soldado sairá no final do contrato de seis anos com direito a uma pensão correspondente ao posto de soldado e com base nos descontos de seis anos.

Em declarações ao diário, o porta-voz do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), explicou que são estas as situações que as chefias militares querem evitar, integrando antes os soldados feridos em combate nos quadros.

“O Conselho de Chefes de Estado-Maior decidiu criar um grupo de trabalho que tem a incumbência de analisar a legislação em vigor e efetuar uma proposta de alteração de modo a que os militares em regime de contrato ou de voluntariado que sofram acidentes em serviço possam prosseguir as suas carreiras militares em circunstâncias apropriadas às suas deficiências”, explicou Santos Serafim ao DN.

O porta-voz do EMGFA não fez mais comentários sobre a eventual mudança, dando conta que a iniciativa está ainda numa frase embrionária, precisando, por isso, de ser analisada com cuidado com a tutela política.

O Exército pretende assim evitar que Camará fique “condenado a uma vida de miséria ou de caridade, como acontece a muitos antigos combatentes do Ultramar”, apontou outra fonte ouvida pelo jornal.  A integração nos quadros permanente permitirá que o soldado – que fará parte dos deficientes das Forças Armadas – desempenhe funções adequadas às suas condições e limitações físicas.

ZAP //

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