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CGD pode entrar como “remédio” no processo de consolidação do Novo Banco

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Miguel A. Lopes / Lusa

Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O futuro do Novo Banco deve passar pela consolidação, numa fusão com outro Banco, num processo que só deverá avançar depois de 2021. E nesse cenário, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode entrar no processo, no âmbito da aplicação de “remédios”, para ficar com activos que fiquem fora do negócio.

O Dinheiro Vivo avança esta possibilidade, realçando que “a Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode vir a fazer parte do futuro do Novo Banco“.

A norte-americana LoneStar, principal accionista do Novo Banco, já anunciou que até 2021 não pretende vender a instituição. Mas depois disso, a solução deverá passar pela consolidação com outro banco, como avança a publicação económica. Uma eventual “fusão com o Millennium BCP” pode ser viável, frisa o Dinheiro Vivo, antecipando que, para que aconteça, será provavelmente necessária “a aplicação de “remédios”, como a alienação a outros bancos de alguns negócios”.

É nesse âmbito que surge a CGD, como o Banco “favorito a poder ficar com esses activos” que sobrem no processo de consolidação.

“Num cenário de consolidação do Novo Banco, em que fiquem activos disponíveis, a CGD não pode ficar de fora“, aponta uma fonte do sector citada pelo Dinheiro Vivo.

O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, já alertou que até 2020, o banco não pode fazer aquisições, no âmbito do Plano Estratégico que acordo com Bruxelas. Mas “depois de 2021, qualquer gestor tem de estar atento ao que se passa no mercado“, realçou, como lembra o Dinheiro Vivo.

O Ministério das Finanças negou nesta semana que o governo esteja a preparar uma nova injecção de capital no Novo Banco, depois de o Público ter noticiado que estaria a ser preparada uma nova ajuda estatal de 1400 milhões de euros, com vista a acelerar a sua venda.

ZAP //

3 Comments

  1. Se repararmos os bancos em Portugal são o maior problema, estamos sempre a injectar dinheiro e nunca funciona..então não precisamos dos bancos só dão prejuizo e é sempre na casa dos miles milhões não sei quê, está a levarnos a falênçia, chega de bancos.

  2. o Novo Banco nunca deveria ter nascido, o BES deveria por e simplesmente ter ido à falência assim como as outras palhaçadas do BANIF e outros.

    enquanto isso continua a esbanjar milhões dos contribuintes.

    • Exacto, tal como foi feito noutros países, resolvendo o problema. Claro que há investidores que perdem, mas pelo menos aí os contribuintes não foram saqueados. Neste caso do BES, perdemos todos: investidores e contribuintes, sem solução final à vista.

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