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“Não acho que o CDS esteja a viver uma crise interna”, diz Francisco Rodrigues dos Santos

José Sena Goulão / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu esta segunda-feira que a situação interna que o partido atravessa, com congresso eletivo marcado para o final de dezembro, “não é uma crise, é a democracia a funcionar”.

Em declarações aos jornalistas à chegada à tomada de posse do novo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas – eleito na coligação “Novos Tempos”, que o CDS-PP integrou -, Francisco Rodrigues dos Santos foi questionado sobre a situação do partido.

Não acho que o CDS esteja a viver uma crise interna. As pessoas têm de perceber que a democracia dentro dos partidos é uma realidade e que cada militante tem a liberdade, sempre que se aproximam ciclos eleitorais internos, de expressar a sua candidatura à liderança do partido”, afirmou.

Na ótica de Rodrigues dos Santos, “não é uma crise, é a democracia a funcionar” e “os partidos políticos têm democracia interna e têm liberdade, as pessoas não têm de concordar sempre com as linhas da direção dos partidos”.

“E eu encaro-a com muita naturalidade e serenidade“, acrescentou, salientando ser recandidato à liderança do partido por acreditar que o CDS alcançou “bons resultados” nos atos eleitorais que disputou durante o seu mandato.

Esta vitória na Câmara de Lisboa, que era presidida desde 2015 pelo socialista Fernando Medina, marca o “início de uma mudança de ciclo que se vive em Portugal”, considerou o líder do CDS-PP.

Francisco Rodrigues dos Santos defendeu igualmente que as eleições autárquicas de 26 de setembro resultaram num “crescimento significativo” de PSD e CDS, “que mais do que duplicam as câmaras que governam juntas, entre as quais oito capitais de distrito”.

Lisboa prova uma estratégia que eu defendi desde a primeira hora em que sou presidente do partido: sempre que PSD e CDS puderem derrotar a esquerda no poder, devem fazer compromissos pré-eleitorais e empenhar-se para poder influenciar a governação.”

Rodrigues dos Santos notou ainda que, “ao contrário do que muitos dos críticos queriam internamente”, o CDS concorreu coligado na capital nas eleições autárquicas, destacando que a coligação venceu a autarquia e o CDS “aumentou a sua representação a nível autárquico na cidade de Lisboa e é uma componente fundamental para a alternativa política”.

Para o futuro, o presidente do CDS-PP quer que o partido “se afirme como a direita certa, que soma, que une” e que permita ao espaço político de centro-direita “governar e o CDS influenciar a governação de cada terra do país“.

O 29.º Congresso do CDS-PP está agendado para 27 e 28 de novembro e são candidatos à liderança do partido o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado Nuno Melo.

// Lusa

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