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“Portugal não é racista.” CDS recusa aderir a manifestação “esdrúxula” do Chega

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Paulo Novais / Lusa

Na sexta-feira, André Ventura anunciou que ia convidar os líderes do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e do PCP a juntarem-se ao protesto. Francisco Rodrigues dos Santos recusa aderir a “manifestações esdrúxulas” porque Portugal “não é um país racista”.

André Ventura quer concentrar aqueles que defendem que “não há racismo” em Portugal numa manifestação na capital, no dia 27 de junho. Na sexta-feira, o líder do Chega anunciou que ia convidar os líderes do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e do PCP a juntarem-se ao protesto, bem como organizações representantes dos polícias.

Numa entrevista à rubrica do Porto Canal “Gente que Conta”, o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, dise que esta manifestação caiu “numa armadilha provocada pela extrema-esquerda”, uma vez que “os extremos se alimentam uns dos outros”.

Não há necessidade de haver uma manifestação destas em Portugal porque creio que é evidente para todos os portugueses que nós não somos um país racista. Não é por uma mentira ser repetida por uma minoria, minúscula, muitas vezes, que passa a ser uma verdade”, afirma.

Assim, “quanto a estes números rocambolescos”, para Francisco Rodrigues dos Santos “Portugal é um país que pode ter a consciência muito tranquila”.

“E a direita patriótica e democrática que eu quero representar certamente não vai aderir a manifestações esdrúxulas para provar algo que todos nós já sabemos que é Portugal é um país livre, tolerante, democrático, onde cada um se sente bem, até porque somos um povo bastante acolhedor”, assegurou.

Assumindo que “isoladamente acontecem casos de racismo em Portugal”, o líder do CDS lamentou que haja “quem teime em ver o mundo através de uma luta de raças”, mas apontou que “há muitos mais, incomparavelmente, que entendem e respeitem esta diversidade, esta tolerância que tem que existir e muito bem, como raiz da nossa própria coesão e de entidade enquanto estado-nação”.

Quanto à cerimónia do anúncio da cerimónia da fase final da Liga dos Campeões em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos qualificou-o como um momento “completamente inusitado e carnavalesco” porque “o país não está para festas”.

“E ver o poder político imiscuir-se numa organização de um evento daquela natureza, fazendo aquele anúncio com pompa e circunstâncias, aquilo roçou o ridículo e o absurdo e creio que nenhum português olhou para aquilo com bons olhos”, criticou.

Sobre o tabu em relação ao candidato que o CDS irá apoiar nas próximas eleições presidenciais, o líder do partido voltou a remeter a decisão para o Conselho Nacional e considerou que “os portugueses não perdoariam ao presidente do CDS que estivesse mais preocupado com a cadeira da presidência do que a situação social de emergência que o país vive”.

“O CDS tem a ambição de ter uma vocação autónoma de poder, mas sempre com realismo e pés bem assentes na terra porque o caminho é estreito daqui para a frente”, adiantou.

O líder centrista reiterou que o parceiro privilegiado de alianças para o CDS seria o PSD.

“O CDS é um partido que fundou o regime democrático, não é um partido de um homem só. Não nos confundimos com um epifenómeno, um partido que quer transpor para a Assembleia da República conversas de café, baseados em discursos radicais e preconceituosos que nada têm que ver com a vocação de um partido de matriz democrata-cristão como o CDS”, afirmou, numa alusão ao Chega.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Portugueses a viverem em todo o lado… somos racistas???? quem o diz deve ter parafuso a menos… problema de hoje ‘e terem meia duzia de jovens que nasceram e vivem nos apartamentos… nao conhecem nada mesmo nada do mundo… repido nao conhecem nada do mundo real… que ‘e muito complexo em todo o lado…
    Ja viram que muitas tribos em Africa, meio oriente, mesmo no oriente nao se podem conviver, nao podem casar ou relacionar se, existem violacoes mortes que nos nao imaginamos…. em portugal esta existindo crimes e problemas porque governo baixos castigos….com crise de 2008 para ca os portugueses ficaram com psicose cujo consequencias sao o que se ve na tv… e burrice de quem mada nao entender…hoje povo esta doente da cabeca, cada vez pior….acreditem ou nao….ponham no lugar de um pai ou uma mae que perderam emprego e teem filhos e contas para pagar e dinheiro nao entra… chega ou nao…. outro racismo sem certos locais da capital ‘e burrice do governo…acabe com minorias… ponham nos longe distribuidos pelo pais… acabam os problemas…ponto…

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