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CDS desafia Governo a avançar com referendo à regionalização

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Tiago Petinga / Lusa

A deputada do CDS-PP, Cecília Meireles

O CDS-PP não quer que a regionalização avance “às escondidas” e, por isso, desafia o Governo socialista a realizar um referendo sobre o tema. “Regionalização só com referendo”, escreve Cecília Meireles.

Esta posição vai ser assumida esta quarta-feira numa declaração política da líder parlamentar do CDS, Cecília Meireles, no Parlamento, quatro dias depois de Costa ter afirmado, no congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, no sábado, que a eleição das Comissões de Coordenação avança no início de 2020, “para criar no país a confiança necessária para os passos seguintes”, como a regionalização.

Para Cecília Meireles, o Governo “acha que se deve avançar para a regionalização”, e que “a melhor maneira de o fazer é às escondidas”, através da eleição das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR”, segundo o discurso escrito que vai proferir, a que a agência Lusa teve acesso.

“Esta eleição é o primeiro passo para a regionalização. E a resposta deste parlamento deve ser também muito clara: regionalização só com referendo”, escreve a centrista.

“Se o Governo quer dar o passo da Regionalização, então que o diga claramente e proponha o referendo”, defende o CDS na mesma declaração, que é também citada esta quarta-feira pelo jornal Observador.

PCP contra regionalização “soft”

Posição semelhante ao do CDS apresenta o PCP, que adiantou ao Expresso o que vai defender nas jornadas parlamentares, que decorrem entre esta quarta e quinta-feira.

Em declarações ao semanário, João Oliveira, líder da bancada comunista, disse que “não há dúvida nenhuma” quanto à posição do PCP sobre a regionalização: os comunistas são a favor da iniciativa, mas querem que esta seja levada a cabo de forma clara.

“Não pode ser por meias medidas”, disse João Oliveira.

Quanto ao debate orçamental, o deputado disse que está tudo em aberto, isto é, as “três opções de voto” – a favor, contra ou a abstenção.

ZAP // Lusa

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