O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva questionou esta quarta-feira gasto de “milhares de milhões” de euros em Portugal em projetos de rentabilidade social “muito discutível”, quando são necessários noutros domínios “para minorar o sofrimento” da população mais carenciada.
“Porque é que milhares de milhões de euros são, no nosso país, encaminhados para projetos e decisões de rentabilidade social muito baixa, muito discutível, quando esses milhares de milhões faltam noutros domínios para minorar o sofrimento de muitos portugueses”, perguntou Cavaco Silva, na Figueira da Foz.
Intervindo durante um almoço comemorativo do 183.º aniversário da Misericórdia — Obra da Figueira, o antigo chefe de Estado e ex-primeiro-ministro de três governos do PSD argumentou que os montantes referidos são “encaminhados para outros projetos”, que não nomeou.
Os fundos são aplicados “sem que tão pouco nos apresentem alguns estudos sobre se não seria melhor, em termos de bem-estar social, que eles fossem encaminhados para aplicações alternativas”, disse.
No final do almoço, questionado pela agência Lusa sobre os projetos referidos, Cavaco Silva escusou-se a enumerá-los e prestar mais declarações, justificando a sua posição com a “muito perigosa” situação política do país.
“Eu tenho sido muito solicitado para falar sobre a situação política do nosso país. Mas considero que, da minha parte, não é tempo de falar, porque considero que a nossa situação política é, neste momento, muito perigosa e eu não quero atirar achas para a fogueira”, frisou Cavaco Silva.
“Por isso, peço-lhe desculpa em não acrescentar mais nada do que aquilo que há pouco disse naquele microfone“, sublinhou.
Ainda durante o discurso, Cavaco Silva destacou o papel das Misericórdias, Câmaras Municipais, instituições de solidariedade e voluntários no combate à pobreza e ajuda aos mais desfavorecidos.
“Num país como o nosso em que mais de dois milhões de portugueses se encontram em situação de pobreza, ou de exclusão social, nós podemos imaginar o que seria a gravidade da situação social sem o trabalho das Misericórdias e de outras instituições de solidariedade social”, disse o ex-Presidente da Republica.
Um trabalho que classificou de “discreto, muitas vezes silencioso, que nem sempre é devidamente reconhecido pelo Governo”, enfatizou.
“O Governo devia, de facto, prestar uma atenção muito particular àqueles que dedicando muito do seu tempo, da sua generosidade, de tempo que deveria ser dedicado à família, muitos voluntários, contribuem para minorar a situação de sofrimento, de pobreza, e, às vezes, de carência alimentar”, alegou.
// Lusa
O regresso da múmia…
O liberalismo/maçonaria está a destruir Portugal e os Portugueses.
«…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”.
Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado.
Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses.
Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português.
Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas.
A crise tinha de ser enfrentada, mas não desta maneira de genocídio social…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»