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Espanha, França e Bélgica com descida de casos. Itália limita Natal e Madrid cancela festas de Ano Novo

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Madrid, assim como Paris e Bruxelas, têm boas notícias – mas não o suficiente para suavizar medidas. Já em Itália há restrições adicionais e a cidade de Londres também considera também passar ao nível três, o mais alto, de restrições.

A maioria dos países europeus está a registar uma descida das curvas de casos de infeção, mas em alguns, as linhas parecem mais um planalto do que uma descida de uma encosta do pico de uma montanha.

O diário espanhol El País compara a situação de Espanha com a de outros países europeus, notando que a média nacional de casos por 100 mil habitantes a 14 dias é de menos de 300, um número semelhante ao de França e Alemanha, e menor do que outros países, como Itália, Polónia, Suécia ou Portugal, todos com mais de 600 casos neste indicador.

O jornal alerta que apesar desta boa notícia, a situação geral de toda o país continua a ser considerada de risco alto (um patamar abaixo do risco extremo em que esteve até quarta-feira).

Neste sentido, o governo de Madrid cancelou todas as tradicionais comemorações de Ano Novo, incluindo o evento principal na Praça Puerta del Sol, quando milhares comem uma passa a cada badalada da meia-noite, avança o DN.

Esta restrição faz parte de uma série de novas medidas destinadas a garantir a saúde e segurança pública no Natal e no Ano Novo para tentar evitar um aumento nas infeções por Covid-19. “A Comunidade de Madrid concordou em suspender todas as celebrações da passagem de ano em praças públicas ou ruas da região”, referiu a autoridade regional de saúde.

O número de visitantes também será limitado nos mercados de Natal, bem como nos eventos em que as crianças apresentam as suas listas de desejos de Natal ao Pai Natal e aos três reis magos. Os habituais desfiles de 5 de janeiro, na véspera do Dia de Reis, habitualmente marcados por grandes aglomerados de pessoas no centro da cidade, só serão permitidos em espaços fechados com todos os espetadores sentados.

Em grande parte, Espanha conseguiu reduzir os níveis de infeção da segunda onda devido ao recolher obrigatório e ao encerramento de bares e restaurantes em algumas áreas, mas as autoridades de saúde estão preocupadas que a época festiva provoque um aumento nos casos.

O governo espanhol já sublinhou que as viagens de férias entre regiões só serão permitidas para visitas de familiares, enquanto as festas de Natal serão limitadas a 10 pessoas.

Situação na Europa

A curva alemã destaca-se por ter aplanado mas não descido significativamente, daí que o país tenha decidido manter as restrições em vigor até 7 de Janeiro, mesmo durante o Natal.

Outros países muito afetados que conseguiram recuperações foram a Bélgica, que chegou a ser o pior em termos de casos de infeção de toda a Europa e que agora fez o indicador da incidência a 100 mil habitantes a 14 dias descer para 271, ou França, que desceu para 255.

Em termos de casos de infeção, os países mais afetados são agora o Luxemburgo (1177,6), a Croácia (1117,1) e a Lituânia (1041,1), segundo os mesmos indicadores do ECDC. Em termos de mortes, a Bulgária (26,5), a Eslovénia (23,4) e o Liechtenstein (20,8) são os que têm a mais alta taxa de óbitos por 100 mil habitantes a 14 dias.

Itália, que mantém uma média de infeções ainda bastante alta registou, por outro lado, esta quinta-feira um recorde de mortos desde o início da pandemia: 993.

O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, anunciou mais restrições até dia 6 de Janeiro, por causa do “risco de uma terceira vaga, não menos violenta que a primeira e que a segunda, e que pode acontecer em Janeiro”.

De acordo com o Público, por esta razão, não vai haver missa do galo no Natal e não vai ser possível circular entre regiões diferentes a partir e 21 de Dezembro, nem entre cidades diferentes nos dias 25 e 26 de Dezembro, e no dia 1 de Janeiro.

Também no Reino Unido há possibilidade de um aumento de restrições, pelo menos em Londres, que pode passar ao nível 3, o nível máximo de restrições em que encerram os restaurantes (deixando apenas com take-away) e as salas de espetáculo, entre outras.

Ainda assim, as autoridades britânicas mostram-se esperançosas e consideraram  “provável” um recuo da pandemia de covid-19 “na primavera” graças à vacinação.

ZAP //

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