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Em caso de sanções a Portugal, Bloco quer referendo sobre a UE

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Esquerda.Net / Flickr

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda disse hoje que se a Comissão Europeia avançar com sanções contra Portugal por défice excessivo, o partido colocará na agenda um referendo sobre a Europa.

“Se tomar uma iniciativa gravíssima de provocar Portugal, a Comissão declara guerra a Portugal. Pior ainda, se aplicar sanção e usar para pressionar o Orçamento [do Estado] para 2017 com mais impostos, declara guerra a Portugal“.

“E Portugal só pode responder recusando as sanções e anunciando que haverá um referendo nacional”, advertiu Catarina Martins, que falava em Lisboa na sessão de encerramento da X Convenção do partido.

No próximo Conselho Europeu, reunião dos chefes de Estado e de Governo a decorrer esta semana em Bruxelas, o Governo português deve recusar as sanções “inéditas, inaceitáveis e provocatórias” com que a Comissão Europeia “ameaça Portugal”, prosseguiu a bloquista.

Relativamente à votação para a Mesa Nacional, a lista da moção A, encabeçada também por Catarina Martins, teve 470 votos, conseguindo 64 dos 80 mandatos, enquanto que a moção R teve 67 votos, conseguindo nove membros, e a lista B apenas 53 (sete membros).

Assim, a lista afeta à liderança conseguiu cinco mandatos, sendo os restantes dois lugares divididos pelas duas outras moções.

Catarina Martins deixará de funcionar como porta-voz e retomará o papel de coordenadora, agora numa liderança a solo.

A lista da Moção A – “Força da Esperança – O Bloco à Conquista da Maioria” – para a Mesa Nacional é encabeçada pela porta-voz, seguindo-se o líder da bancada parlamentar Pedro Filipe Soares, o dirigente sindical António Chora, a deputada Joana Mortágua e a antiga candidata presidencial e eurodeputada Marisa Matias.

Entre os nomes desta lista, destaque para o fundador do BE Luís Fazenda (o único dos quatro fundadores que se mantém nos órgãos do partido), os deputados Mariana Mortágua, José Manuel Pureza, Jorge Costa, José Soeiro, Moisés Ferreira, Pedro Soares, Luís Monteiro e João Vasconcelos.

No sábado, foi já conhecida a saída do antigo coordenador e deputado João Semedo da Mesa Nacional, que à agência Lusa assegurou que esta decisão não se prende com discordância, mas sim por considerar que “é tempo de ter outra forma de intervenção política e partidária”.

ZAP / Lusa

4 Comments

  1. Completamento de acordo em relação a este assunto da UE.
    Este tipo de UE só nos tem dado cabo da cabaça e da economia.
    Somos como escravos a trabalhar para eles alemães e franceses e não só.
    Está na hora de algum referenciar um REFERÊNDO sobra esta desgraça que é a UE.

  2. É por causa de partidos extremistas sem a mínima vergonha e bom senso como o BE e afins (tanto à esquerda como à direita) que corre-se o risco de haver um desmembramento da UE.

    Só pessoas sem o mínimo de juízo é que não reconhecem os grandes benefícios que temos em estar na UE, e a desgraça que seria sairmos da UE.

    E o pior disto tudo, é se de facto existe algum risco de Portugal ser alvo de sanções, este é devido às provocações e irresponsabilidade deste governo e dos partidos que o suportam com a sua aproximação ao Siriza e medidas que muito provavelmente irão fazer disparar o défice.

    Se este governo estivesse empenhado em controlar as despesas públicas, tenho a certeza que a hipótese de sanções nunca teria sido colocada.

    • Plenamente de acordo. Os mais novos não conheceram Portugal antes de entrar na CEE, país pejado de bairros da lata, poucos edifícios com saneamento, estradas sem mínimo de qualidade, etc, etc.
      Não se deve morder a mão que nos dá de comer.

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