O processo sobre a alegada corrupção no negócio das golas antifumo já tem 18 arguidos, entre os quais o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, e o presidente da Proteção Civil, Mourato Nunes.
A informação foi prestada à agência Lusa pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que não avançou mais pormenores, nomeadamente sobre as 10 buscas realizadas esta quarta-feira, nem quando os arguidos foram constituídos, alegando que o processo está em segredo de justiça.
Segundo a TVI, pelo menos dez terão sido constituídos arguidos no decorrer desta operação, que visou empresas, casas particulares e escritórios de contabilidade.
De acordo com o jornal Público, houve empresas que foram visitadas pela segunda vez e os investigadores foram “muito específicos” na documentação que procuraram. Quiseram toda a contabilidade de 2017, mas apenas até setembro, sendo que, na primeira vez, apenas tinham levado documentos de 2018 e 2019.
Uma nota do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) adiantava que as quatro buscas domiciliárias e seis não domiciliárias decorreram em diversos locais do país e estavam relacionadas com o inquérito “que investiga factos suscetíveis de integrarem fraude na obtenção de subsídio, corrupção passiva, participação económica em negócio ou abuso de poderes e branqueamento de capitais”.
“Em causa estão práticas levadas a cabo no contexto de uma operação cofinanciada pelo Fundo de Coesão da União Europeia e pelo Orçamento do Estado, de que é beneficiária a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e que envolve a Secretaria de Estado da Proteção Civil“, referia a nota.
As comparticipações financeiras europeia e do Orçamento do Estado investigadas destinavam-se à realização de “Ações de Sensibilização e Implementação de Sistemas de Aviso às Populações para Prevenção do Risco de Incêndios Florestais”, enquadradas nos Programas “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” e “Rede Automática de Avisos à População”.
As cerca de 70 mil golas antifumo faziam parte do ‘kit’ distribuído à população no âmbito do programa “Aldeia Segura, Pessoas seguras”, que custou cerca de 125 mil euros.
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, e o ex-secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, foram constituídos arguidos, em setembro de 2019, na investigação ao negócio das golas antifumo.
Poucos dias depois, o adjunto do secretário de Estado, Francisco Ferreira, demitiu-se do cargo, após ter sido noticiado o seu envolvimento na escolha das empresas que produziram os ‘kits’ de emergência que incluíam as golas.
ZAP // Lusa
Tudo gente boa, altamente recomendável.
É tudo uma grande calúnia, uma cabala, uma tremenda má vontade contra uns piquenos que se distraíram…
Será mais um filme do Ivonhoe?
Ninguém vai preso… Têem demasiado dinheiro. É tudo abafado..