(Dr)
Paulo Pereira e Lucinda Borges
Lucinda Borges e Paulo Pereira ficaram conhecidos ao distribuir água na A1, em agosto, aos automobilistas que estavam retidos devido a um incêndio.
Esta última semana, o casal voltou a ser falado devido a alegadas dificuldades financeiras, algo que despoletou uma onda de solidariedade. Várias pessoas foram a casa do casal para lhes entregar comida e dinheiro.
No entanto, em Avanca – freguesia onde vivem – a população está indignada e afirma que o “casal herói” é conhecido pelo envolvimento em várias burlas.
De acordo com uma investigação realizada pela SIC, Paulo Pereira já foi condenado oito vezes – quatro vezes por conduzir sem carta, duas vezes por falsificação e contrafação de documentos e outras duas por fraude fiscal qualificada.
Entre 2008 e 2010, Paulo terá vendido pelo menos 18 faturas de trabalhos que nunca realizou e que permitiram a um outro empresário burlar o Estado.
Segundo o Correio da Manhã, Paulo Pereira é suspeito em 14 processos relacionados com burla, recetação e apedrejamento de carros.
Paulo terá, inicialmente, negado ter processos judiciais a correr, mas já admitiu a sua existência, dizendo que é inocente e que são “vinganças”.
Alavanca, a mais recente localidade fundada hoje, no aeiou.pt
Caro utilizador,
Está corrigido, obrigado pelo seu reparo.
Aí está uma prova de que ninguém é completamente mau..
Não obstante alguns erros nas suas vidas, fizeram uma boa acção e, as boas acções são sempre de louvar, sejam lá de quem for…
Uma boa acção com segundas intenções? Isso é boa acção?
Quem sabe lá as intenções de outrem.Não nós,por vezes,sabemos.
Na minha opinião todos temos direito a errar e a aprender com os erros – Faz parte do percurso que é a vida.
Quem nunca errou???
A questão é que este casal fez o que deveria ter sido feito pelas entidades responsáveis da zona (Proteção Civil, Policia, Câmara, Freguesia e até por mais populares), tendo em conta o que se estava a passar e pelo calor que se fazia sentir.
Se cometeram erros e estão ou se já responderam à justiça, não somos nós que devemos julga-los novamente.
Não os conheço pessoalmente, mas considero que fizeram um ato carismático ao oferecer água no momento certo a quem mais precisava no local certo – isso é um ato de alguém iluminado e altruísta.
Se agora estão a precisar de ajuda, que lhes seja dada sem julgamentos pois isso cabe ao tribunal e ao Universo que nos traz o que merecemos no tempo certo.
Hoje por eles amanhã por si que está a ler e depois por quem precisar.
O que me deixa confuso é o título de “Casal Herói”.
Já percebi que o termo/conceito “herói” foi completamente banalizado. Reparemos que no conceito grego havia sempre presente uma “grande coragem” como atributo de um “herói”.
Agora, até um artista que distribui umas garrafas de água numa autoestrada (que coragem!) adquire o estatuto … e assim, a muito curto prazo, a diferença entre o número de “heróis” deste país e o número de habitantes vai tender para zero.
Eu por exemplo ainda não faz muito tempo cedi uma garrafa de água a um parceiro que ia numa voltinha de bicicleta comigo e cheio de sede…
Também é um herói. Aliás, este país está cheio de heróis a exemplo das dádivas ofertadas para os sem-abrigo. Enfim!
Se as pessoas a quem eles deram a água os considera uns heróis, qual é o problema?!
Independentemente do resto, eu também acho heróico o acto de alguém ir comprar água e distribuir numa autoestrada onde está gente a morrer à sede!!
Eu também dou comida aos gatos abandonados que aparecem cá em casa e não sou heroína..sou apenas uma cidadã cumpridora. E nunca burlei ninguém ..A diferença entre nós e estes heróis é que apareceram nos merdia e tornam-se heróis mesmo que tenham burlado e mesmo que continuem a burlar..enfim