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Casal pintou a sua casa como um quadro de Van Gogh (para que o filho autista não se perca)

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@barrenechea69 / Twitter

“A Noite Estrelada”, de Van Gogh, pintada na casa de um casal norte-americano

Um casal da Flórida, nos Estados Unidos, adotou uma solução original para evitar que o filho autista se perdesse ao voltar para casa.

Em declarações à agência Reuters, Nancy Nemhauser contou que o filho de 25 anos, que sofre de autismo, tem um grande fascínio pelo pintor holandês Van Gogh. Por isso, para evitar que se perca no regresso a casa, o casal da Flórida decidiu contratar um artista para pintar toda a fachada do imóvel à semelhança de um dos seus quadros mais famosos: “A Noite Estrelada”.

“Assim, se mencionar a casa de Van Gogh, as pessoas podem ajudá-lo a localizar-se“, explica a progenitora à agência noticiosa.

No entanto, esta ideia original gerou alguns problemas. Em julho deste ano, a autarquia de Mount Dora, cidade na Florida onde está localizada a casa desta família, afirmou que o mural violava o código de sinalização da cidade, podendo distrair os motoristas.

A autarquia solicitou ao casal que a pintura fosse apagada e exigiu ainda uma indemnização ao casal de 10 mil dólares, cerca de 8.500 euros.

Confrontada com esta decisão, Nancy recorreu nos tribunais e afirmou que a autarquia estava a violar o direito familiar e o direito de liberdade de expressão, argumentando ainda que a pintura tinha como objetivo ajudar o filho autista.

Na passada terça-feira, o Conselho Municipal de Mount Dora voltou atrás na sua decisão: decidiu anular a multa, permitiu que a pintura se mantivesse na casa e, além disso, vai pagar-lhes uma indemnização no valor de 15 mil dólares, cerca de 12.800 euros. O autarca da cidade, Nick Girone, ainda fez um pedido de desculpas ao casal.

A casa acabou por se tornar uma pequena atração turística da cidade norte-americana, localizada a cerca de 40 quilómetros de Orlando.

ZAP // BBC

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2 Comments

  1. Lá ainda pagam dinheiro se incomodam as pessoas. Compare-se com o caso de Portugal, onde não só o Estado nos incomoda, como ainda se faz pagar para nos incomodar. Irra, que paísinho o nosso!

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