Carro de Conceição apedrejado. “É inadmissível aquilo que não fizemos”, lamenta treinador

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José Coelho / Lusa

O carro onde seguia a família de Sérgio Conceição foi apedrejado à saída do estádio após a derrota por 4-0 frente ao Club Brugge.

Na antevisão ao jogo, Sérgio Conceição tinha avisado que a tarefa na segunda jornada do grupo B não seria fácil: “O Club Brugge tem qualidade para ganhar. São tricampeões da Bélgica, estão habituados a vencer, têm seis presenças na Champions nas últimas sete ocasiões, é uma equipa habituada a estes palcos. Espera-nos um jogo difícil”.

O treinador portista não podia estar mais certo, mas provavelmente não imaginaria uma diferença tão grande no marcador. O FC Porto foi goleado, por 0-4, na receção ao Club Brugge.

“Houve jogos da pré-época em que estivemos bem melhor e sem nenhum objetivo. Hoje, em jogo da Liga dos Campeões, é inadmissível aquilo que não fizemos e devíamos ter feito. É inexplicável. Até ao segundo golo tínhamos quatro faltas… Tudo aquilo em que somos fortes, hoje não fomos. Não fui capaz de passar essa mensagem aos jogadores. Há jogos como este que não podem acontecer”, disse o treinador portista na conferência de imprensa após o jogo.

“Queríamos dar outra capacidade ofensiva à equipa, o jogo estava equilibrado na primeira parte, sofremos um penálti de uma bola que normalmente o Diogo [Costa] não a coloca ali naquela zona porque sabemos que é perigoso, joga muitíssimo bem com os pés e até nisso hoje não estivemos bem. A nível individual houve muitos erros, que foram aproveitados num dia fantástico do Brugge. Mas esses erros associados ao que não fomos como equipa dá este desastre que aconteceu hoje”, atirou Conceição.

O treinador reiterou a incapacidade do FC Porto de cometer faltas, associada à falta de atitude da equipa.

“É difícil de explicar uma noite assim. Em todos os momentos do jogo não fomos a equipa que costumamos ser. Passividade, duelos perdidos e a equipa várias vezes partida. Neste tipo de competição isto paga-se caro. Muita coisa correu mal, sobretudo aquilo que é a base do FC Porto. Fazer oito faltas num jogo, enquanto o adversário fez o dobro, é sinal de pouca agressividade no jogo e de pouca atitude”, explicou Sérgio Conceição.

“Não estou aqui a desculpar nada, temos de assumir independentemente do onze que entrou. Temos de fazer muito mais. É isso que temos de assumir, primeiro eu como treinador, depois os jogadores. Acho que nem nos jogos de pré-época fazemos aquilo que fizemos hoje. Há muito trabalho a fazer, porque, desta forma, não só na Liga dos Campeões, como nas competições nacionais, vamos ter dificuldades”, acrescentou.

À saída do estádio do Dragão, o carro onde seguia a família de Sérgio Conceição foi apedrejado por adeptos portistas. A sua esposa, Liliana Conceição, e os filhos Rodrigo, de 22 anos, e José, de 7 anos, seguiam no veículo. O técnico ‘azul e branco’ não estava no carro.

Os vidros da viatura foram partidos e tanto a mulher como um dos filhos de Conceição terão sido atingidos, segundo o Record.

Entretanto, o FC Porto já reagiu ao incidente, repudiando os acontecimentos da última noite:

“O FC Porto repudia totalmente o ataque ao carro da família do treinador Sérgio Conceição, ontem à noite, na saída do Estádio do Dragão.

O FC Porto lamenta, ainda, a falta de proteção das autoridades, e apela a que o autor ou autores deste ato selvagem sejam rapidamente identificados e responsabilizados.”

O FC Porto somou a segunda derrota nesta fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de ter perdido na partida inaugural frente ao Atlético de Madrid.

Daniel Costa, ZAP //

2 Comments

  1. A mesma claque que faz o que o “porto” manda quando visita os arbitros em casa, quando ameaçã, etc… certamente foi a que atirou pedras. como é contra um da casa o clube repodia ou se calhar repodia para fora e aplaude para dentro…

    Quase de certeza que a guerra para o poder está a começar…

  2. Isto é o Porto, até se matam uns aos outros, só mostra que é um clube pequeno da terra e na vez de apedrejar o carro do treinador devia ser o do pinto da Costinha, ditador aggarado ao poder até morrer como ele só o Putin e o Jeronimo de Sousa, há, há, há.-

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