Moedas vai criar plano de contingência para futuras pandemias coordenado por Pedro Simas

Manuel de Almeida / Lusa

Carlos Moedas

O cabeça de lista do PSD à Câmara de Lisboa anunciou, esta terça-feira, que vai criar um plano de contingência para responder a futuras pandemias, que irá ser coordenado pelo virologista Pedro Simas.

O objetivo é “preparar a cidade com um plano de contingência ágil que responda atempadamente a futuras pandemias” e que os lisboetas não voltem “a sofrer o abalo sentido pela covid-19”, salientou Carlos Moedas, em comunicado.

“Não podemos voltar a ser surpreendidos. A cidade de Lisboa precisa de ter ao dispor dos lisboetas um plano de contingência sobre futuras pandemias que dê alguma previsibilidade, segurança e confiança social e económica”, sublinhou ainda o ex-comissário europeu.

Para o cabeça de lista do PSD à autarquia lisboeta, “Pedro Simas representa o que de melhor há na ciência aliado à proximidade com as pessoas”.

“É este vínculo entre os especialistas e a sociedade civil que nos permitirá dar resposta aos anseios das pessoas”, acrescentou o candidato social-democrata.

Citado na nota, o virologista Pedro Simas adianta que vai reunir “um conjunto de especialistas na área da saúde pública” para apresentar “em breve um plano de contingência que traga a previsibilidade necessária para quem vive, trabalha ou visita Lisboa”.

“Este plano de contingência pretende minimizar os impactos sentidos em setores fulcrais na cidade como a hotelaria, a restauração, o comércio local ou a capacidade de resposta das unidades de saúde”, lê-se ainda na nota.

Mais de seis mil funcionários testados quinzenalmente

Entretanto, o presidente da autarquia, o socialista Fernando Medina, anunciou que se iniciou, esta segunda-feira, um processo de testagem massiva e regular à covid-19 aos mais de seis mil trabalhadores do município considerados “essenciais”.

Começou a testagem em massa e regular dos funcionários da CML essenciais para a manutenção da cidade e mais expostos ao vírus. Higiene Urbana e da Polícia Municipal são alguns dos mais de 6000 trabalhadores, incluindo Carris, que vão ser testados quinzenalmente”, escreveu o autarca numa publicação no Facebook.

Serão ainda testados regularmente os Bombeiros Sapadores, Proteção Civil Municipal, coveiros, técnicos de fiscalização de obras, brigadas de obras, técnicos e fiscais dos mercados municipais e técnicos das unidades de educação do município, acrescentou Fernando Medina (PS).

“Todas estas pessoas, que vão ser testadas, estiveram e estão todos os dias na rua para manter Lisboa a funcionar”, sublinhou o chefe do Executivo municipal.

Na sexta-feira, o presidente da Câmara de Lisboa já tinha anunciado que, a 31 de março, iria iniciar-se um plano de testagem em massa gratuito, destinado aos residentes das freguesias do concelho com mais de 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.

Em conferência de imprensa nos Paços do Concelho, o presidente da autarquia adiantou que as dez freguesias inicialmente abrangidas pelo plano municipal de testagem são Ajuda, Alvalade, Arroios, Estrela, Marvila, Olivais, São Vicente, Santa Clara, Santa Maria Maior e Santo António.

Os residentes maiores de 16 anos nestes territórios poderão agendar telefonicamente um teste rápido antigénio numa das mais de 100 farmácias do concelho que já aderiu ao plano de testagem, informou o autarca.

Cada munícipe poderá fazer dois testes por mês, referiu o presidente da Câmara, acrescentando que o quadro das freguesias abrangidas será atualizado quinzenalmente, de acordo com a evolução do número de infetados com o novo coronavírus, e vai estar disponível nos sites e redes sociais do município e da Associação Nacional de Farmácias.

ZAP // Lusa

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