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Carlos Costa defende pré-reforma para trabalhadores com baixa produtividade

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Banco Central Europeu

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, defendeu esta terça-feira em Lisboa a necessidade de encontrar mecanismos de pré-reforma para trabalhadores com “longas carreiras contributivas”, mas que não se adaptaram às novas condições de trabalho.

No seminário ‘A necessidade de um crescimento robusto para o pós-troika’, organizado pelo Fórum para a Competitividade e que decorreu em Lisboa, Carlos Costa defendeu mecanismos de passagem à reforma de trabalhadores com “longas carreiras contributivas” e com rendimentos e níveis de produtividade decrescentes.

“Seria necessário pensar em como encontrar formas adequadas de ‘pré-pensionamento’ destes trabalhadores que, por razões ligadas à sua formação, à sua longa história de trabalho e até por razões ligadas à própria inadequação às novas condições de trabalho, hoje frequentam sobretudo centros de saúde para obter licenças médicas e outros mecanismos de ausência temporária”, afirmou o governador.

Carlos Costa sugeriu este tipo de mecanismos ‘pré-pensionamento’ como uma possível resposta para o problema do desemprego estrutural em Portugal, cuja absorção “vai levar tempo”, já que não se resolve “pela simples inversão do ciclo económico”.

Durante a intervenção, o responsável do banco central disse ainda que o modelo institucional europeu existente “não é suficientemente integrado” e “não tem um centro de decisão que pense o todo”, o que cria “dois enviesamentos que sistematicamente atrasam a resposta europeia”: a inércia da resposta e o facto de os países com maior dimensão fazerem prevalecer a sua posição.

Carlos Costa disse ainda que é preciso “um centro de decisão capaz de antecipar os problemas e que minimize os custos de ajustamento”, acrescentando que o processo de integração europeia é um “inerente ao processo de desenvolvimento sustentado da economia portuguesa”.

/Lusa

7 Comments

  1. Eu nasci em 1954, trabalho desde 1964, comecei a descontar para a Seg. Social em 1966, em 2009 assinei um acordo de Pre-Reforma para a renovação de quadros e dar logar aos mais jovens. Terminados os 5 anos da Pre-Reforma estou no fundo de desemprego e só porque me antecipei e negociei com a a minha entidade patronal a extinção do posto de trabalho, senão estava sem receber dinheiro de lado nenhum.
    E vem o Senhor Carlos Costa dizer que esta situação é boa para o desenvolvimento da economia nacional! Como pode dizer isto sem se informar ???

  2. Joga antes com um baralho diferente. Faz batota com cartas viciadas e generaliza quando lhe convém. O que faz falta é investimento em formação. Quanto aos trabalhadores que estão frequentemente de baixa, há leis para lidar com isso.

  3. Esta conversa já é velha. Desde 2002, ou talvez antes, que as empresas vem fazendo rescisões amigáveis, extinção de postos de trabalho, pré reformas, alegando renovação dos quadros, por inadequação dos mais velhos ás novas tecnologias. A legislação existente facilita esta situação, indo as pessoas para o desemprego, para de seguida passarem á reforma antecipada. Porém, os mais velhos saem mas na maioria dos casos não são substituídos por novos.
    Esta situação não se aplica aos administradores e presidentes das empresas, pois mesmo de idade avançada, alguns bem acima dos 65, estão sempre aptos a desempenhas as suas funções. É o caso deste senhor, cuja atuação no caso BES e pelas palavras proferidas no forum aqui noticiado, demonstra bem as suas (in)capacidades para continuar em funções.

  4. Sabem porque razão as pessoas começavam a trabalhar aos 11 anos? Também não vou dizer!. Mas foram todos aqueles que começaram a trabalhar aos 11 anos, que mantiveram a segurança social até hoje, para que o senhor governador do banco de Portugal e outros, pudessem estudar com o dinheiro dos impostos desses contribuintes. O senhor governador devia estar mais atento ao perímetro das suas responsabilidades e menos preocupado com aqueles que trabalharam no duro, durante toda a vida. Valha-me São Brás de Alportel. ZP

  5. este individuo de nome carlos costa do banco de portugal não estará ele próprio em condições de ser convidado à pré- reforma? tal como os profs. também os governantes deviam fazer provas de avaliação… garanto-vos que o resultado era uma bronca!!!!!!!!

  6. Este idiota é que se poderia reformar porque não faz o que deveria fazer, melhor, deveria cometer “seppuku” que a maioria dos Portugueses agradecia (novos e menos nivos).

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