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Canal do Suez desbloqueado. Ever Given vai retomar viagem

Suez Canal Authority / EPA

Navio de contentores Ever Given, que bloqueou o Canal do Suez

O Canal de Suez está oficialmente desbloqueado. As passagens naquela que é uma das artérias marítimas mais importantes do mundo podem agora ser retomadas.

O navio Ever Given, que estava a bloquear o Canal de Suez desde a semana passada, foi oficialmente desencalhado esta segunda-feira à tarde. “O almirante Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal do Suez, proclamou o recomeço do tráfego de navegação no canal”, anunciou a meio da tarde o organismo, em comunicado.

A autoridade do canal fez o anúncio, acrescentando que o Suez será reaberto brevemente. A Evergreen, dona do navio, confirmou a informação de que a embarcação está liberta e poderá agora seguir viagem.

De acordo com o Público, o anúncio surge cerca de sete horas depois de o porta-contentores ter dado sinais de desbloqueio, mas ainda não é claro quando é que os 369 navios em espera vão poder começar a atravessar o canal.

O almirante Osma Rabie disse ao canal egípcio de televisão Sadaa al-Balad que vão ser “precisos três dias e meio para os navios que estão à espera” começarem a atravessar a passagem bloqueada desde terça-feira da semana passada.

A autoridade tinha anunciado esta manhã que o Ever Given tinha começado a flutuar depois de ter estado totalmente encalhado desde a passada terça-feira.

O Canal do Suez, no Egito, é uma das passagens marítimas mais movimentadas do mundo e, devido ao encalhe do Ever Given, cerca de 400 navios aguardavam a passagem na via que liga o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho.

O Ever Given estava a bloquear o Canal de Suez há quase uma semana. O porta-contentores ficou preso na diagonal de uma secção sul do canal na manhã de terça-feira, interrompendo o tráfego de navios na rota mais curta que liga a Europa e a Ásia.

Sendo um dos maiores porta-contentores do mundo, o Ever Given tem 400 metros de comprimento, 59 metros de largura e pesa 224 mil toneladas. Ficou encalhado com 20 mil contentores e 220 mil toneladas de mercadorias a bordo, entre as quais chá, móveis, 130 mil ovelhas e petróleo iraniano para a Síria.

Liliana Malainho, ZAP // Lusa

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