Campodimele, uma vila no centro da Itália, é conhecida desde a década de 1990 pela longevidade dos seus habitantes. Apesar de a população ser uma das características que distinguem esta vila, a verdade é que os idosos parecem ter desaparecido misteriosamente.
A vila ergue-se no meio do caminho entre Roma e Nápoles, nas ruínas de um assentamento tribal. No final do ano passado, Campodimele, que significa “pradaria de mel”, tornou-se uma atração para cientistas, médicos, professores universitários e turistas curiosos em busca da fórmula secreta para a longevidade.
Após anos de estudo, concluiu-se que os idosos da vila beneficiaram de uma combinação de ar fresco rico em oxigénio que sopra do mar para as montanhas, natureza não contaminada, uma dieta rica em legumes e um estilo de vida simples.
O resultado foi uma peculiaridade genética local que mantém o colesterol, os triglicerídeos e a pressão arterial baixos, conta a CNN.
Hoje, Campodimele já não tem uma população tão envelhecida. A vila tem apenas 450 residentes, metade do que tinha há 30 anos, e a maioria dos idosos foi-se embora – muitos mudaram-se para outras cidades e alguns faleceram.
Se em 2000, 80% da população tinha mais de 80 anos, atualmente são só 67% – e só 50% vivem nesta vila o ano inteiro. A CNN revela que restam apenas dois centenários que vivem agora com os filhos, em cidades próximas maiores.
À medida que a sua fama se espalhava, turistas vindos de todo o mundo chegavam a Campodimele para explorar o cenário bucólico e o labirinto de vielas estreitas da vila pitoresca no topo da colina, cercado por grossas paredes medievais e torres antigas. As avós descansavam à janela, fofocavam, contavam histórias e sorriam para os visitantes.
Vinte anos depois, tudo parece ter mudado.