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Brigitte Bardot processada por comentários racistas (em defesa dos animais)

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Brigitte Bardot

O governador da ilha da Reunião, localizada no oceano Índico, interpôs uma ação judicial contra a ex-atriz de cinema e ativista de direitos dos animais Brigitte Bardot na quarta-feira, depois de receber uma carta considerada “racista” pelas autoridades locais.

Na carta, enviada na terça-feira ao governador da ilha da Reunião, Amaury de Saint-Quentin, a ex-atriz Brigitte Bardot descreve os habitantes da ilha do Índico como “aborígenes que mantiveram os genes dos selvagens”, denunciando o “tratamento bárbaro de animais por uma população degenerada”.

“Esta carta contém termos que são ofensivos e racistas para os habitantes”, disse em comunicado o prefeito. A Reunião é um departamento francês no exterior no sul do Oceano Índico, a leste de Madagáscar, conhecida pelos vulcões, recifes de coral e floresta tropical.

A Fundação Brigitte Bardot, dedicada à proteção animal, disse que a ativista havia escrito a carta como uma iniciativa pessoal, separada da instituição. O advogado da ex-atriz não estava disponível para comentar a situação.

Agora com 84 anos, subiu ao ‘status’ de símbolo sexual na década de 1950, protagonizando vários filmes. A sua carreira inclui passagens pela música e pela moda,  destacando-se nas últimas décadas como uma defensora do bem-estar animal.

Os comentários de Brigitte Bardot provocaram indignação generalizada na ilha, com vários funcionários a afirmar que também iriam tomar medidas legais. Duas ONG’s anti-racismo – Licra e SOS Racisme – também indicaram que pretendem ir a tribunal.

“O racismo comum não tem lugar na troca de opiniões”, disse na terça-feira a ministra francesa dos Territórios Ultramarinos, Annick Girardin, referindo que acrescentaria o seu nome na queixa apresentada pelo prefeito da ilha.

Em Paris, o presidente da câmara baixa do parlamento, Richard Ferrand, expressou o seu “desprezo” pelos comentários de Brigitte Bardot.

Ativistas dos direitos dos animais dizem que o abuso de animais é comum na ilha e que o seu sacrifício é praticado em algumas cerimónias religiosas.

TP, ZAP //

1 Comment

  1. Ai Brigitte como estás diferente de há 50 anos atrás! Quanto à opinião é complicado pois foste logo considerada de racista coisa quase proibitiva de expressar contra gentes dessas regiões e dessa linda ilha do Pacífico.

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