Uma comissão na câmara baixa do Parlamento brasileiro discute um requerimento que pede a revogação do acordo ortográfico firmado entre os países de língua portuguesa, em vigor há dez anos.
O debate ocorrerá na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, depois de dois adiamentos, a pedido do deputado (membro da câmara baixa parlamentar) Jaziel Pereira de Sousa, do Partido da República (PR), com apoio da deputada Paula Belmonte, do Cidadania.
Na rede social Facebook, o deputado Jaziel Pereira afirmou que convocou a reunião porque “o acordo para unificação ortográfica da Língua Portuguesa nos países lusófonos não alcançou a eficácia esperada”.
O parlamentar brasileiro, conhecido por posicionamentos polémicos, como um projeto que pretende proibir travestis e transexuais de usarem o seu nome social nas escolas, defendeu que “chegou a hora” de se discutir o acordo, em nome “da genuinidade da língua falada e escrita”.
No requerimento entregue em abril passado sobre a convocação da audiência pública, Jaziel Pereira destacou que “o Presidente Jair Bolsonaro expressou a possibilidade de revogação desse acordo“, justificando assim a decisão de antecipar o debate no Parlamento.
Segundo informações divulgadas no portal de notícias da Câmara dos Deputados, estarão presentes no debate público sobre o acordo ortográfico a embaixadora Márcia Donner Abreu, os professores Sérgio Pachá, Amini Boainain Hauy e o escritor Sidney Silveira.
A audiência pública está marcada para as 10h00 locais (14h00 em Lisboa) e será transmitida em direto pela TV da Câmara dos Deputados.
// Lusa
Por uma vez, uma ideia e uma decisão acertada.
Faz todo o sentido que cada l’ingua tenha a sua própria identidade e percurso evolutivo.
Por qual motivo a “língua portuguesa” falada pelo mundo deve ser toda igual?
E, sobretudo, porque deve ser o ‘português continental’ a desvirtuar-se para se adaptar às variações que sofreu pelo mundo, fruto das especificidades culturais locais?
Nem mesmo o “todo poderoso” inglês conseguiu isso – e viram-se perante o facto de ter que reconher as variantes – porque se pensa que o português é “melhor”, “mais potente” ou “mais nobre” e vai conseguir tal feito?
Também acho que o brasil toma uma decisão acertada. Já ontem era tarde para revogarem o acordo e era o que faltava que Portugal tivesse que dobrar-se a quem diz “espetador” quando deveria dizer espectador. Que vão espetar a avó deles no… E já agora por que razão também não revogam o envio de picanha para Portugal? – Que favor nos faziam…
Subscrevo.
Chega deste desacordo ortográfico!
cada pais com a sua lingua
se o acordo for avante, ja nao podemos dizer que falamos o portugues de portugal mas sim o portugues do brasil, pois todos os PALOP vao falar o portugues do brasil
será que os paises colonizadores (a espanha, inglaterra, holanda, frança) tambem fazem este acordos para todos falarem o mesmo tipo de lingua? todos falarem a lingua mae (castelhano, françes, holandes, etc)
se formos à origem da palavra, vemos que o nosso portugues (portugal) é o mais certo porque nao cortamos certas consoantes e está igual à palavra mae.
É tempo de, em Portugal, se usar o seu português, ao invés do “português híbrido” do Brasil e dos outros países de “lingua portuguesa”.
Revoguem este desacordo para ontem! Todos os países agradecem!