De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo mais de um milhão de pessoas morrem por ano nas estradas. Os acidentes rodoviários são a principal causa de morte para a faixa etária entre os 15 e os 29 anos.
São cerca de 1,25 milhão de pessoas que morrem todos os anos em acidentes de trânsito nas estradas de todo o mundo. No Brasil, a situação não é menos grave, sendo este o quarto país no mundo com maior taxa de mortes no trânsito, atrás apenas da República Dominicana, Belize e Venezuela, de acordo com a Folha de S. Paulo.
“Estamos perante uma epidemia dentro do nosso país. Temos uma doença endémica e que se torna epidémica com a quantidade de óbitos que acontecem no nosso dia a dia”, afirma em entrevista à Sputnik Dirceu Alves, médico e diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET).
O diretor da ABRAMET destaca que os acidentes de trânsito são um caso de “saúde pública” já que os feridos são tratados com recursos públicos.
De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, foram registados 180.443 internamentos causados por acidentes rodoviários em 2016, que custaram aos cofres públicos 253,2 milhões de reais – cerca de 61 milhões de euros. O médico diz que, apesar dos elevados números, o Ministério da Saúde não se preocupa com o assunto.
Dirceu Alves ressalta que acidentes rodoviários são a principal causa de morte para os jovens entre os 15 e os 29 anos e que “o álcool é uma droga muito usada por essa faixa etária”.
Para Alves, falta fiscalização, uma legislação mais dura e campanhas de consciencialização para criar uma “vacina” contra as mortes no trânsito.
Em 2016, os acidentes de trânsito quase 35 mil pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde daquele país. Em 2015, o número tinha sido 10% maior, com 38.651 óbitos.
ZAP // Sputnik News