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PSD acusa Brandão Rodrigues de estar em “confinamento” desde 2015. Ministro contra-ataca

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André Kosters / Lusa

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

A última reunião plenária do ano ficou marcada pelo debate requerido pelo PSD sobre a Educação. Mas para Tiago Brandão Rodrigues, a motivação dos sociais-democratas ao convocar este debate “não foi certamente discutir a Educação”.

Esta terça-feira, o PSD acusou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, de estar em “confinamento” desde que assumiu funções e de “irresponsabilidade política” por “continuar a culpar o Governo anterior pelo mau desempenho do atual“.

“Tem sido um ministro ausente, fugidio, que aparece a público com intermitências para fazer mais uns quantos anúncios, umas promessas, para desfiar uma narrativa oca, sem rumo e sem estratégia”, criticou o vice-presidente da bancada, Luís Leite Ramos, no arranque do debate de urgência sobre Educação, requerido pelo PSD.

Na sua intervenção, elencou um conjunto de respostas a que Tiago Brandão Rodrigues não respondeu sobre o primeiro período escolar, como informação atualizada sobre o número de escolas fechadas, turmas confinadas ou casos confirmados de covid-19, bem como dados sobre quantos computadores foram entregues aos alunos.

Leite Ramos referiu-se igualmente ao recente estudo internacional, o TIMSS 2019, que o PSD diz confirmarem uma regressão dos alunos portugueses.

“Mais lamentável é o facto de não o reconhecerem, de insistirem no passa-culpas permanente para o passado. Ao fim de cinco anos de governação continuarem a culpar o governo anterior pelo vosso mau desempenho já não se trata de desonestidade intelectual, é um caso agudo de irresponsabilidade política”, acusou.

No final do debate, Tiago Brandão Rodrigues gastou os seis minutos disponíveis para fazer um ataque ao PSD, acusando-o de “patrocinar” o partido Chega.

“O PSD traz-nos aqui o que aconteceu entre 2011 e 2015 [período de Governo PSD/CDS-PP], um tempo de querubins e de querubinas, um tempo de serafins e de serafinas. E agora só Lucíferes, Belzebus, entre os cornudos que existem por aqui a trabalhar a Educação”, ironizou.

O governante disse não compreender a urgência do PSD neste debate e afirmou ter respondido “a mais de mil perguntas” das 1.252 perguntas que recebeu do Parlamento.

“É da mais elementar justiça, o ministro da Educação vir dizer bravo às escolas, bravo aos diretores, bravo aos docentes, bravo aos não docentes, bravo aos alunos e bravo também às suas famílias, que mesmo num tempo tão difícil conseguiram erguer em cada escola um espaço de segurança e de confiança”, saudou.

Na ótica de Brandão Rodrigues, a motivação do PSD ao convocar este debate “não foi certamente discutir a educação”, mas “surfar um conjunto de descontentamentos e dificuldades que sempre existem e existirão”.

“Gostava de ver o PSD a defender a escola pública, mas o que vemos é o PPD/PSD a aplaudir a intervenção do deputado do Chega“, disse, acrescentando que até no debate desta terça-feira foi notório que a ascensão do Chega é “patrocinada por parte do PSD”.

Liliana Malainho, ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Senhor deputado Luís Leite Ramos está o Tiago Brandão Rodrigues em confinamento e está o maior partido da oposição no caso o seu PPD também em confinamento, ainda não vos ouvi nem li o que pretendem fazer e como para o futuro de Portugal e dos portugueses, quem não tem ideias qualquer coisa serve para distrair os cidadãos nem que para isso tenham de fazer política pelos cabeçalhos dos jornais, porque se não fossem os jornais os 230 inúteis que estão na A.R. nada diziam, os portugueses estão bem governados e representados com a actual classe política.

  2. Brandão quê?!!! Não conheço. É algum porteiro do ministério da educação?!
    Ah… calma, já sei quem é! É mais um incompetente. Aquele que reduziu o número de horas semanais de Português e Matemática. Em 2015 estavam entre os melhores do mundo e em 2019 um tombo enorme.
    Questiono-me se este governo tem alguém competente?
    Tinha o anterior ministro da saúde e o Capoulas Santos na agricultura. O resto… sabe Deus

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