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Boris Nemtsov terá sido assassinado com duas armas diferentes

Ilya Schurov / Wikimedia

Boris Nemtsov, principal opositor do presidente russo Vladiimr Putin

Boris Nemtsov, principal opositor do presidente russo Vladiimr Putin

A peritagem médica do assassinato de Boris Nemtsov mostra que o político oposicionista russo poderá ter sido morto com duas pistolas diferentes, revela jornal russo Kommersant este sábado.

Boris Nemtsov, que ocupou uma série de cargos importantes no governo russo na década de 1990, e passou para a oposição na década de 2000, foi morto no centro de Moscovo na noite de 27 de fevereiro deste ano.

A jovem ucraniana que acompanhava Boris Nemtsov no momento em que o líder da oposição russa foi morto afirma que não viu os assassinos.

A testemunha diz que recorda apenas a passagem de um “automóvel de cor clara”.

“Após ter examinado as características dos ferimentos no corpo do político, os médicos legistas concluíram que as lesões poderiam ter sido causadas por duas armas diferentes“, escreve o Kommersant.

“Nemtsov poderá ter recebido três ferimentos de uma pistola com silenciador, como relatou inicialmente Dadaev, mas outros foram causados por armas que não o têm”, revela o jornal.

Cinco pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no assassinato uma semana após a tragédia.

Segundo a Sputnik News, o principal suspeito é Zaur Dadaev, de origem chechena. A investigação encontra-se ainda em curso.

Esta sexta-feira foi detido outro suspeito do assassinato, Ruslan Muhadinov, que será o condutor do carro a partir do qual Nemtsov foi baleado e morto.

Desde o início da investigação foram obtidas diversas provas que constatam que o assassinato foi feito sob encomenda.

A investigação não exclui que os autores do crime possam desconhecer quem tenha ordenado o assassinato de Nemtsov.

A imprensa internacional reagiu na altura à morte de Nemtsov – na sua maioria, dando ênfase às actividades oposicionistas do político.

O secretário de imprensa do Kremlin, Dmitri Peskov, reagiu a esse respeito afirmando que “com todo o meu respeito pela memória de Boris Nemtsov, no plano político ele não representava nenhuma ameaça nem para o governo da Rússia nem para Vladimir Putin pessoalmente”.

ZAP / Sputnik

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