Bónus também será para reformados da banca (e depende da soma de todas as pensões)

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O bónus será pago pelo Orçamento de Estado e também vai abranger os reformados do setor bancário. O valor também depende da soma de todas as pensões recebidas, o que pode levar a valores mais baixos do que o esperado.

O Governo decidiu incluir os reformados do setor bancário no suplemento extraordinário anunciado pelo primeiro-ministro na semana passada. Esta medida, confirmada pelo gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, abrange todos os pensionistas, independentemente de serem pagos pelos respetivos fundos de pensões ou pelos regimes públicos.

As transferências estão previstas para ocorrer em outubro, evitando assim a repetição de contestação social semelhante à de há dois anos, quando este grupo foi inicialmente excluído de uma meia pensão extraordinária.

Na altura, o Governo justificou a exclusão dos reformados bancários com o argumento de que, por não terem descontado para os regimes públicos de pensões, não deveriam beneficiar do suplemento financiado pelo Orçamento do Estado. Contudo, após pressão dos sindicatos, que defenderam a universalidade dos direitos assegurados pelo Orçamento do Estado, o Governo acabou por ceder e incluí-los na medida, recorda o Expresso.

O suplemento atual, destinado a quem tem pensões até 1527,78 euros brutos, será novamente financiado pelo Orçamento do Estado, com um custo estimado de 442 milhões de euros. Este montante será suportado por impostos e não pelos descontos dos trabalhadores para a Segurança Social.

Os valores dos suplementos variam de acordo com o montante das pensões: 200 euros para pensões até 509 euros, 150 euros para pensões entre 509 e 1018,52 euros, e 100 euros para pensões entre 1018,52 e 1527,78 euros.

Este é o oitavo ano consecutivo em que pensionistas com reformas médias e baixas recebem atualizações extraordinárias nas suas pensões, refletindo a preocupação dos governos recentes com este grupo social.

Suplemento depende de todas as pensões

O suplemento extraordinário a ser pago aos pensionistas em outubro, anunciado pelo primeiro-ministro, será calculado com base na soma de todas as pensões que um pensionista recebe, e não por cada pensão individualmente, esclareceu o Governo.

Esta decisão pode resultar em valores inferiores ao esperado para quem recebe múltiplas pensões, como uma de velhice e outra de sobrevivência, ou até mesmo na exclusão de alguns pensionistas do benefício, escreve o Jornal de Negócios.

Por exemplo, para uma pessoa que recebe 400 euros de pensão de velhice e 500 euros de pensão de sobrevivência, o suplemento será de apenas 150 euros, pois a soma das pensões ultrapassa o limiar para o valor máximo do suplemento.

A medida abrangerá cerca de 2,4 milhões de pensionistas, com um custo estimado de 422 milhões de euros, que será automaticamente pago por transferência bancária ou vale postal.

ZAP //

2 Comments

  1. Mais uma vez todos querem comer do pote (Segurança social) mas ninguém quer meter lá o dinheiro! Está lindo isto… até onde vai o buraco da segurança social??? Quem vai tapar isto?? Ando eu a descontar para depois não ver nada quando for me reformar aos 70 anos?? Que quando lá chegar já podem ser 75 anos?!!!

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