As autoridades francesas estão a interrogar três bombeiros parisienses por suspeitas de uma violação em grupo a uma mulher num quartel, em Plaisance.
Na altura do alegado crime, os bombeiros estariam de folga e alcoolizados após uma festa. Nas primeiras horas da manhã de sábado levaram pelo menos três mulheres para o quartel.
Uma das mulheres era norueguesa e apresentou uma queixa oficial à polícia da cidade francesa. O Ministério Público confirmou que foi entregue uma queixa, mas não revelou mais detalhes sobre o caso.
De acordo com o Le Parisien, os bombeiros conheceram três estudantes norueguesas, com as quais acabaram por simpatizar. Depois de algumas bebidas, por volta das quatro horas da manhã, um dos bombeiros teria ido para o seu quarto no quartel, juntamente com uma das estudantes.
O bombeiro admite que beijou a jovem, mas que ela teria começado a chorar. De seguida, quando o bombeiro pediu que fosse embora, ela fechou-se na casa de banho. O acusado nega também que os dois tivessem feito sexo.
Por outro lado, a jovem diz que se envolveu com o bombeiro no seu quarto, que o descreveu como muito escuro. Posteriormente, sem o seu consentimento, juntaram-se mais seis ou sete bombeiros — os quais não consegue reconhecer pela falta de luminosidade no quarto.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Paris, o tenente Gabriel Plus, diz que foi aberta uma investigação interna e que os bombeiros serão suspensos das suas funções. Plus disse ainda que estas ações “não podem ser toleradas” e, se comprovadas, vão impor a sua maior firmeza.
“Estas ações vão contra os valores defendidos pelos bombeiros de Paris, que devem ser exemplares, o que, obviamente e felizmente, é o caso da maioria deles”, disse o tenente.
Pelo menos três bombeiros foram levados sob custódia da polícia, suspeitos de levar a mulher para o seu quartel depois de terem estado numa discoteca de Paris. Ao contrário da maioria dos bombeiros franceses, a Sputnik News explica que os bombeiros de Paris são profissionais de alto nível e considerados militares.
Segundo o The Guardian, ainda em janeiro, dois agentes de uma brigada anti-crime de Paris foram condenados a sete anos de prisão pela violação de uma turista canadiana no quartel de Quai des Orfèvres. A vítima renunciou ao seu direito de anonimato após o ataque em 2014.