Um bombeiro morreu este sábado durante o combate a um incêndio na Serra da Lousã, disse à agência Lusa o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes.
O autarca desconhece as circunstâncias em que ocorreu a morte do bombeiro nem sabe precisar de que corporação faz parte.
Outra fonte da autarquia deste concelho do distrito de Coimbra confirmou a morte de um bombeiro e que outro voluntário ficou ferido com queimaduras nas pernas durante o combate a um incêndio em Trevim, Lousã.
Quatro outros bombeiros sofreram ferimentos, dois dos quais ligeiros, adiantou Luís Antunes, que não tem informação sobre a gravidade dos ferimentos dos dois outros bombeiros.
O incêndio, numa encosta da Serra da Lousã, junto a um acesso ao Trevim, no concelho da Lousã, terá sido provocado pela trovoada que se fez sentir ao final da tarde na região.
As chamas deflagraram numa zona muito acidentada de terreno, perto do baloiço de Trevim, um dos pontos turísticos do concelho.
A outra fonte da autarquia confirmou à Lusa que o incêndio foi antecedido por uma forte trovoada seca, acompanhada por vento forte, que dificultou o trabalho de mais de 200 bombeiros de diversas corporações dos distritos de Leiria e Coimbra.
A vítima mortal é dada como pertencendo aos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo, informação que ainda não foi possível confirmar junto de fontes oficiais.
O fogo já está dominado.
Ao semanário Expresso o gabinete do Ministério da Administração Interna confirmou a “abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias em que correu a morte do Bombeiro e para aquilatar da composição da equipa.
Marcelo lamenta morte
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou este sábado, “com profunda consternação”, a morte de um bombeiro no combate a um incêndio na Lousã.
Numa mensagem publicada no site da Presidência da República, Marcelo “lamenta, com profunda consternação, a morte de um bombeiro da corporação de Miranda do Corvo, que combatia, com a sua equipa, um incêndio na serra da Lousã”, distrito de Coimbra.
“Uma triste notícia e que representa uma perda profunda para quem tanto dá ao país”, lê-se na mensagem do Presidente, que já enviou as suas condolências à família e ao corpo de bombeiros de Miranda do Corvo.
O primeiro-ministro, António Costa, lamentou o “trágico falecimento” de um bombeiro que combatia um incêndio na serra da Lousã, assim como daqueles que ficaram feridos.
“Foi com profundo pesar e consternação que tomei conhecimento do trágico falecimento do bombeiro voluntário José Augusto Dias, que combatia um incêndio na serra da Lousã, assim como dos soldados da paz que ficaram feridos naquele combate e a quem desejo boa recuperação”, lê-se numa nota do gabinete do primeiro-ministro.
Também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, expressou pesar pela morte do bombeiro de Miranda de Corvo. “Vivemos hoje mais um momento trágico, com a morte do chefe José Augusto, do corpo de bombeiros de Miranda do Corvo”, lamentou Eduardo Cabrita, que, em nome do Governo, endereçou “sentidos pêsames à família, amigos e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo”.
O ministro fez ainda votos de “plena recuperação” para os três bombeiros que ficaram feridos durante a operação na serra da Lousã. “Importa, neste momento, realçar a forma empenhada, generosa e profissional com que todos os dias milhares de bombeiros integram este esforço nacional da defesa da floresta contra incêndios”, reforçou.
ZAP // Lusa
Pois a trovoada seca pois. Se calhar até foi o Covid.
Mais um fogo premeditado, encomendado pelos empresários do costume. Um fogo com as mesmas características de tantos outros os outros estranhos fogos. Fogos que nascem em dias de vento e em locais de difícil acesso dão mais uma vez que pensar! Enquanto a justiça tardar a meter na prisão os empresários sem escrúpulos que encomendam os fogos o espectáculo dos incêndios em Portugal irá continuar infelizmente !