Ex-bombeiro e ex-militar entre os detidos pela morte de Giovani

Luís Giovani / Facebook

Luís Giovani

Um ex-bombeiro e um ex-militar estão entre os cinco suspeitos que se encontram em prisão preventiva, acusados da morte do cabo-verdiano Luís Giovani Rodrigues. São todos naturais de Bragança, têm entre 22 e 35 anos e terão agido por “motivo fútil”, avançou a Polícia Judiciária, rejeitando “ódio racial”.

Os suspeitos da morte do cabo-verdiano Luís Giovani Rodrigues, que faleceu em Dezembro de 2019, após vários dias em coma, depois de ter sido agredido por um grupo de jovens, foram ouvidos em primeiro interrogatório judicial na sexta-feira passada. Ficaram todos em prisão preventiva, indiciados por quatro crimes de homicídio qualificado, um consumado e três na forma tentada.

Entre os cinco detidos estão um jovem que foi bombeiro na corporação de Bragança até Maio do ano passado, como apurou o Correio da Manhã (CM). Ele terá deixado a corporação quando emigrou para a Suíça e estava de volta a Bragança, eventualmente para férias, aquando das agressões.

Outro dos suspeitos é um antigo militar que “actualmente trabalhava como vendedor de lenha”, ainda segundo o CM.

A ocupação dos restantes três suspeitos é desconhecida, mas admite-se que possam estar desempregados. A Polícia Judiciária (PJ) avançou que a maioria dos suspeitos estaria sem emprego.

As agressões ao jovem cabo-verdiano foram atribuídas inicialmente a “ódio racial”, mas a PJ já garantiu que terão tido origem num “motivo fútil”, após uma discussão num bar de Bragança.

Nas redes sociais chegaram a circular teorias de que o grupo de agressores seria de origem cigana, algo que a PJ desmentiu. “Os agressores não são um grupo de ciganos. Não há um grupo de ciganos. Ponto”, referiu uma fonte da Direcção Nacional da Polícia Judiciária ao Diário de Notícias.

Os suspeitos “são amigos ou, pelo menos, conhecidos uns dos outros”. “Foram tomar um copo ou dançar naquele bar naquela sexta-feira à noite. Terão agido, em grupo, por motivo torpe ou fútil”, acrescentou outra fonte da PJ, segundo cita o Público.

ZAP //

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