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Bombardeiros russos intercetados em espaço aéreo português

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FAP - Força Aérea Portuguesa

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A Força Aérea intercetou, na semana passada, dois aviões russos que atravessavam, sem autorização, o espaço aéreo internacional que pertence à jurisdição portuguesa.

Os dois Tupolev-95 entraram no espaço aéreo de responsabilidade portuguesa a norte do país, voaram até a zona de Sagres e inverteram a marcha novamente para norte, tendo sido sempre acompanhados por dois F-16 portugueses.

A intercepção foi feita por “razões de segurança” de aviação civil, já que estes bombardeiros não emitem qualquer sinal nem respondem a contacto rádio. São uma espécie de aviões “invisíveis”, explicou ao Público o coronel Rui Roque, chefe de gabinete de relações públicas da FAP.

O incidente só foi divulgado esta terça-feira, mas ocorreu na noite de quarta para quinta-feira da semana passada – e a missão foi comunicada e feita ao abrigo dos acordos da NATO.

Em 2014, bombardeiros russos foram detetados duas vezes no espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa.

Ação dos bombardeiros russos “não está relacionada com qualquer ameaça”

A Força Aérea confirmou a passagem de dois bombardeiros russos Tupolev T-95 pelo espaço aéreo internacional sob responsabilidade portuguesa, salientando que o acompanhamento feito pelos caças portugueses F-16 é um “procedimento comum”.

Segundo o coronel Rui Roque, os voos militares são “virtualmente invisíveis para o controlo de tráfego aéreo civil” e, por isso, representam um “risco acrescido”.

“O fato de irmos ter com eles e de os acompanhar não está relacionado com qualquer ameaça militar, mas sim com o facto de Portugal ter de garantir a segurança do tráfego aéreo civil” naquela zona de espaço aéreo internacional por onde passaram, declarou o coronel.

Rui Roque explicou também que o espaço aéreo internacional sob responsabilidade portuguesa não é o espaço aéreo de soberania.

“O espaço aéreo de soberania é o que está por cima do continente e das regiões autónomas, acrescido de 12 milhas de mar”, disse, sublinhando que no espaço aéreo de soberania não há entradas autorizadas.

O espaço aéreo internacional sob responsabilidade portuguesa é o que está convencionado nos tratados internacionais e obriga Portugal a garantir buscas e salvamento, bem como a segurança aérea, nomeadamente em voos daquela natureza.

ZAP / Lusa

7 Comments

  1. Quer dizer, na noticia lê-se que de acordo com a Força Aérea “…o acompanhamento feito pelos caças F-16 é procedimento comum… “, e depois noutra noticia http://zap.aeiou.pt/cacas-portugueses-nao-interceptavam-avioes-militares-ha-mais-de-20-anos-47178
    lê-se que aviões caças não interceptavam aviões militares há mais de 20 anos… Em que é que ficamos afinal ? Que procedimento comum é este que não era feito há mais de 20 anos ?

  2. Podiam mudar o título para “Bombardeiros russos aproximaram-se de Lisboa”, popr exemplo. Se o objetivo é sensacionalismo, assim entrava melhor…

  3. Interceptaram ?
    Que parvoíce de notícia !
    Também interceptei a carreira 15 da Carris ! Foi ao lado dela durante um bocado !
    Será que os russos deram pela presença dos mosquitos ?!

  4. Caros leitores,

    Além dos significados comuns da palavra “intercetar”, que constam dos dicionários, o termo é usado na gíria militar, mais concretamente na aviação.
    Há até um tipo muito específico de avião de combate, chamado “avião de intercepção“, “intercetador” ou “intersetor”, cuja função é “aproximar-se e deter uma aeronave inimiga, impedindo-a de se aproximar de um objectivo”.

    Não consta, porém, que o termo seja usado na gíria dos transportes públicos.

  5. O termo tem a ver com ir encontrar e se necessário impedir o avanço ou destruir como no caso da Turquia que destruiu o intruso que naquele caso havia penetrado no espaço aéreo da sua soberania.
    A OTAN (NATO) dispõe de equipamentos mais do que suficientes para detectar e deter estas aproximações se necessário.
    A dissuasão além da qualidade e quantidade do equipamento depende muito da firmesa e determinação com que se procede á execução das medidas prescritas e necessárias á defesa.

  6. Em vez de estarem a discutir o sexo dos anjos deviam questionar-se mas porque raio estes soviéticos sobrevoam o nosso espaço aéreo, sem autorização, com aviões militares, sem responderem ás comunicações pondo em perigo a aviação comercial.
    Mas que raio de mer*** é esta?? Estes cabr**** querem um conflito à força?? Querem mostrar que são os maiores, o resto do mundo é o quintal deles??!!

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