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Bolsonaro já tem novo ministro da Justiça. É o padrinho de casamento do seu filho

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Joedson Alves / EPA

Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, deverá indicar Jorge Oliveira, atualmente no cargo de secretário-geral da Presidência, como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, substituindo assim o governante demissionário Sergio Moro.

A informação foi avançada neste domingo pela imprensa brasileira.

O Correio Braziliense detalha que Jorge Oliveira, antigo advogado e major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, resistiu a aceitar o cargo na Justiça brasileira, sugerindo um nome mais técnico para o mesmo.

Com a insistência de Jair Bolsonaro, terá aceitado o cargo.

Atualmente com a pasta da secretaria da presidência, Jorge Oliveira foi chefe de gabinete do Presidente brasileiro quando este era deputado durante duas décadas. Foi ainda assessor de Eduardo Bolsonaro, um dos três filhos de Jair Bolsonaro.

A imprensa dá ainda conta que Jorge Oliveira é próximo do “clã Bolsonaro”, detalhando que o antigo major foi padrinho de casamento de Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente.

Jair Bolsonaro decidiu ainda que que Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), será o novo diretor-geral da Polícia Federal. Ramagem substituirá Maurício Valeixo, cuja demissão, na sexta-feira, foi o rastilho Sergio Moro, conhecido como juiz da “Lava Jato”, ter deixado o Governo.

Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro que é acusado pela polícia federal de ser o estratega de um esquema criminoso de divulgação de notícias falsas, é amigo íntimo de Alexandre Ramagem, novo diretor-geral da Polícia Federal, escreve o Diário de Notícias.

“E daí?”, respondeu o Presidente brasileiro numa rede social ao ser confrontado com o facto de Alexandre Ramagem ser muito próximo de Carlos Bolsonaro.

Estas nomeações surge depois de Sergio Moro ter apresentado demissão na passada sexta-feira, acusando Jair Bolsonaro de querer acesso privilegiado a informações judiciais, algumas das quais envolvendo os seus filhos.

“O Presidente disse-me, mais de uma vez, expressamente, que queria ter uma pessoa do contacto pessoal dele [para quem] pudesse ligar, [de quem] pudesse colher informações, [com quem] pudesse colher relatórios de inteligência. Seja o diretor [da polícia federal] seja um superintendente”, acusou Sergio Moro, numa conferência de imprensa.

ZAP //

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22 Comments

  1. ah grande bolsonabo, isso é que é!
    é o filho, é a prima, é o padrinho, é o tio e a sogra… onde é que eu ja ouvi isto?

  2. Muito bem. A seguir gostava de ver também uma notícia, assim em jeito de biografia, de Tedros Adhanom, Director da Organização Mundial da Saúde. Acho que é uma figura com muito mais importância nos tempos actuais, mas por algum motivo tem passado debaixo do radar. É esta a diferença entre notícias / informação e
    ataques de carácter por motivações ideológicas. Telhados de vidro temos todos. Mas os media só têm as pedras apontadas a alguns.

  3. De idiotice em idiotice até ao impeachment final. Vá-se embora abécula que já envergonhou o seu país que chega. A única coisa que conseguiu foi reduzir o grande Brasil à piada mundial.

  4. Uma Polícia Federal brasileira que sequer conseguiu abrir os contatos telefônicos e e-mails de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro, com a desculpa de que os advogados do criminoso não permitiram. E parou por aí. Vamos ver se agora as investigações irão ter êxito. Que Deus abençoe o Brasil e Portugal!

  5. Grande desilusão Sérgio Moro… nunca esperei que fosse mais um traidor. Enganou-nos a todos muito muito bem… Mais um que deve ir para o DEM…..

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