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Bolsonaro agora prefere que filho permaneça no Brasil em vez de ser embaixador nos EUA

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, prefere que o filho Eduardo, deputado do Partido Social Liberal (PSL), permaneça no Brasil para “pacificar” o partido de que ambos fazem parte. Contudo, o Presidente já disse várias vezes que indicará o filho para a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos (EUA).

Jair Bolsonaro foi questionado na segunda-feira sobre a crise no PSL, que envolve a disputa pela liderança da bancada parlamentar do partido na Câmara dos Deputados, a câmara baixa do Congresso. O Presidente brasileiro encontra-se em Tóquio, onde assistiu à entronização de Naruhito, o novo imperador do Japão, noticiou o Expresso.

“O Eduardo vai ter que decidir nos próximos dias, talvez antes de eu voltar ao Brasil, se ele quer ter seu nome submetido ao Senado para a embaixada ou não. Não vou interferir porque se der certo, tudo bem, se der errado: ‘Pô, pai, qual é?'”, declarou Jair Bolsonaro, citado pelo G1. O mais “estratégico” é “ele ficar no Brasil e pacificar o partido dele”, disse.

A indicação de Eduardo como embaixador nos EUA ainda não foi formalizada por Jair Bolsonaro mas, se confirmada, precisará de ser aprovada pelo Senado, a câmara alta do Congresso brasileiro. Até esta segunda-feira, o Presidente disse sempre que, mesmo com a crise no PSL, mantinha a decisão de indicar o filho para a embaixada em Washington.

A guerra no interior do PSL

A crise no partido veio a público no dia 08, quando Jair Bolsonaro pediu a um apoiante para “esquecer” o PSL porque o presidente nacional daquela força política, Luciano Bivar, estava “queimado para caramba”. Desde então, o grupo aliado de Jair Bolsonaro e a ala de Luciano Bivar lutam pela liderança da bancada parlamentar do PSL.

O grupo de Jair Bolsonaro articulou a nomeação de Eduardo, enquanto a ala de Luciano Bivar queria manter o deputado Delegado Waldir, recordou o G1. Na segunda-feira, Eduardo ganhou a corrida e destituiu todos os vice-líderes do PSL.

Segundo a deputada Joice Hasselmann, o Palácio do Planalto, sede da Presidência do Brasil, tentou dar um “golpe” no partido nesta guerra pela liderança.

Na semana passada, em plena crise, Delegado Waldir ameaçou que iria “implodir” Jair Bolsonaro, apelidando o Presidente de “vagabundo” numa gravação áudio entretanto revelada. Posteriormente, voltou atrás: “Somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim volta ao aconchego”. Depois, regressou ao ataque, acusando-o de ter tentado comprar deputados com cargos para beneficiar o filho.

Em reação, Eduardo Bolsonaro defendeu que o Presidente da República não pode estar sujeito à “bipolaridade” de Delegado Waldir.

ZAP //

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