Quatro empresas saíram da bolsa portuguesa, na sequência das novas regras. Mas há muito tempo que a PSI não tem 20 empresas cotadas.
A bolsa de Lisboa inaugurou a semana com uma queda ligeira, de 0,12%, para 5.685,78 pontos. Os números desta segunda-feira não são os números de “mais um” dia: 21 de Março de 2022 é o primeiro dia em que a bolsa portuguesa não tem a designação PSI-20.
A PSI-20 desapareceu e passou a ser PSI. Na sexta-feira passada, quatro empresas despediram-se do índice de referência nacional: Pharol, Ramada, Ibersol e Novabase, que assim desceram para o índice geral, a partir desta segunda-feira.
A nova “primeira divisão” da bolsa portuguesa fica com menos “equipas” porque há novas regras, mais apertadas.
Já desde o Verão de 2021 que se tomou conhecimento da revisão da Euronext Lisbon, que acima de tudo passou a exigir um valor mínimo de 100 milhões de euros no free float da capitalização bolsista – o valor de mercado das acções de uma empresa que estão efetivamente em circulação.
Novabase, a Pharol, a Ramada e a Ibersol não cumpriam as novas regras e não foram encontradas outras empresas que passassem a estar cotadas no principal índice em Portugal.
Mas, na verdade, há algum tempo que o PSI-20 não tinha 20 empresas. A bolsa foi registando entradas e saídas frequentes ao longo dos últimos anos, desde a queda do Banco Espírito Santo, em 2014 – o último ano em que houve exactamente 20 empresas cotadas no PSI-20. Eram 19 nos últimos tempos, até sexta-feira (as actuais 15 mais as quatro que saíram).
Agora com 15 empresas, o índice português é um dos mais pequenos na Europa. Em 33 europeus, Portugal tem agora o 9.º índice com menos empresas, superando apenas oito países do Leste europeu, conta o Jornal de Negócios.
O mesmo jornal lembra que a bolsa portuguesa tem deixado de interessar a investidores ou empresas, ao longo dos últimos anos.
