Quando a NASA decidiu passar à reforma os seus vaivéns espaciais e ficar dependente das naves Soyuz da Rússia para entrar em órbita, percebemos que tudo estava prestes a mudar na era do transporte espacial.
Estamos agora a entrar numa nova era, a das viagens espaciais comerciais, semelhante aos primórdios das viagens aéreas privadas de há um século atrás.
Mas agora, não é apenas um voo de Lisboa para Nova Iorque que fica acessível ao bolso do cidadão. É um voo da Terra até às estrelas, e o primeiro passo já foi dado.
A Boeing apresentou no passado dia 4 a sua nova nave espacial tripulada, a CST-100 Starliner, que deverá ser a primeira a transportar astronautas americanos, depois de anos de dependência da Soyuz.
A Starliner, em forma de cápsula, será capaz de transportar quatro astronautas até destinos em órbitas baixas da Terra, como a Estação Espacial Internacional, EEI.
A nave, quase completamente automatizada, vai completar um primeiro voo não tripulado em 2017, lançada por um foguetão Atlas V da United Launch Alliance.
Após esse primeiro teste, a Boeing deverá começar a programar voos tripulados.
Era comercial
“Há cem anos atrás, estávamos na alvorada da aviação comercial. Hoje, com a ajuda da NASA, estamos na manhã de uma nova era espacial comercial”, afirma o vice-presidente e director geral de Exploração do Espaço da Boeing, John Elbon, em comunicado para a imprensa, citado pela IFLS.
A Starliner está a ser desenvolvida como parte do Programa de Tripulação Comercial da NASA, juntamente com a cápsula Dragon da SpaceX, a empresa aeroespacial de Elon Musk.
O ano passado, a Boeing e a SpaceX receberam 5,2 mil milhões de euros da NASA para desenvolver as suas naves. E uma delas será a próxima nave de transporte de astronautas norte-americanos para a Estação Internacional.
Ao mesmo tempo, a Roscosmos não está parada.
No início deste mês, foi anunciado que a nova nave espacial tripulada russa, um vaivém espacial de nova geração que vai servir para levar cosmonautas e carga para a Lua ou para estações orbitais, estará pronta a voar já em 2019.
Centro Espacial Kennedy
A Boeing revelou também que irá usar a Commercial Crew and Cargo Processing Facility, infraestrutura existente no Centro Espacial Kennedy da NASA, no estado da Flórida, para construir e preparar o lançamento da Starliner.
Estas intalações, anteriormente usadas para a gestão da frota de space-shuttles da NASA, será agora destinada a tripulação comercial e processamento de carga, enquanto outros edifícios servirão como núcleos da Boeing para lançamentos e controle de missões.
O Centro Espacial Kennedy continuará a ser usado também pela SpaceX e pela NASA, que tem planeado para o icónico centro o lançamento, por exemplo, da sua nave Orion, construída para transportar astronautas à Lua, a Marte e a asteróides que estejam de visita.
Os primeiros lançamentos tripulados da Starliner e da Dragon marcarão o fim de um hiato nos voos espaciais tripulados norte-americanos, desde que o vaivém Discovery fez, a 8 de julho de 2011, o último voo de um space-shuttle.
Desde então, os astronautas americanos com destino à Estação Espacial Internacional apanham boleia na famosa nave espacial Soyuz, da Rússia – o único veículo, neste momento, capaz de ir e voltar ao laboratório de investigação orbital.
ZAP / HypeScience
“É um voo da Terra até às estrelas, e o primeiro passo já foi dado.”
Quem escreve isto desta maneira é sensacionalista… a tecnologia actual ainda não é suficiente para transportar pessoas até Marte (apesar do burburinho todo que para aí vai) quanto mais “até às próximas estrelas”… mas quem é que escreve estas tretas?!!!