Bloco de Esquerda tem o pior resultado dos últimos 20 anos (e fala em “crise artificial”)

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João Relvas / Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Há 20 anos que o Bloco de Esquerda não conseguia tão pouca representatividade no Parlamento. Catarina Martins acusa o PS e fala em “crise artificial”.

Terminou a noite eleitoral e o Bloco de Esquerda (BE) está longe de estar satisfeito com os resultados. Os bloquistas somaram 4,46% dos votos, conseguindo, assim, eleger cinco deputados.

O BE vê-se ultrapassado pelo Chega e pela Iniciativa Liberal, ficando assim no quinto lugar. Foi o pior resultado do Bloco de Esquerda dos últimos 20 anos, sumariza o Público. É preciso recuar até 2002 para assistir a uma menor representação no Parlamento. Na altura, os bloquistas elegeram apenas três deputados.

Agora, em três anos, o partido perdeu 74% dos deputados, passando de 19 para cinco representantes.

“Iniciámos esta crise política com base numa chantagem criada pelo PS tendo por pressuposto o Orçamento do Estado e o seu ‘chumbo’. Os desafios que existiam na saúde, trabalho ou serviços públicos mantêm-se e, face a estas projeções, serão mais exigentes”, disse Pedro Filipe Soares, na primeira reação do partido.

Uma apoiante do Bloco presente no Cineteatro Capitólio disse que “ser ultrapassado pelo Chega foi a pior derrota da noite”. Este parece ser o sentimento de muitos outros apoiantes: a ascensão da direita.

Os resultados desanimadores não impediram a forte ovação de Catarina Martins.

“O Bloco assumirá todas as responsabilidades com os compromissos com que fomos às eleições. À hora em que falamos parecem-me óbvias três coisas: em primeiro lugar, o PS terá maioria absoluta; em segundo lugar, o Bloco teve um mau resultado e, por último, que há deputados racistas a mais no Parlamento”, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda.

“Cada deputado racista eleito no Parlamento português é um deputado racista a mais”, acrescentou, aplaudida pelos apoiantes.

Catarina Martins criticou ainda o PS por criado uma “crise artificial” e uma “bipolarização falsa” que penalizou os partidos de esquerda.

O Bloco ficou longe de ter peso para negociar com o PS para formar Governo e fazer cedências em algumas questões, que era talvez o principal objetivo do partido.

“O facto de termos um mau resultado eleitoral não significa que passemos a achar que o Orçamento era bom”, reiterou Catarina Martins, citada pelo Expresso.

“Tivemos uma Convenção há seis meses e a atual direção cá estará para assumir. Nunca foi por resultados eleitores, ou na sequência de resultados eleitorais, que o Bloco decidiu a sua direção”, disse ainda a bloquista, afastando um possível afastamento da liderança.

Daniel Costa, ZAP //

5 Comments

  1. Estas meninas e meninos do BE não aprendem
    Fizeram vir a Troika ao chumbarem o PEC IV e agora fizeram termos eleições antecipadas ao votarem ao lado da Direita que inclui o Chega ou não sabem?
    Enfim…..

  2. Está na hora desta actriz ir trabalhar, a tras de um balcao de uma pastelaria qualquer! Até que enfim que a população entendeu que este partido apenas serve os seus… arranjando-lhes empregos de direcção nas empresas e serviços publicos que vai destruindo….
    E pena de prisão para esta gentalha?

  3. Livrem-se destes artistas de esquerda. Além de só produzirem para causa própria devaneiam e não tem noção de realidade. Satisfeito em saber que ao menos de uma parte da esquerdalha o país está livre.

  4. No “cadeirão”, a ver estes direitalhas roerem-se de inveja, não conseguindo digerir os resultados atribuídos pelo sábio povo português.

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