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Na Bielorrússia, calçar meias vermelhas e brancas é um risco (com um preço demasiado alto a pagar)

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Uma jovem foi recentemente condenada por usar meias às riscas com as cores simbólicas da oposição ao Presidente Alexander Lukashenko.

O vermelho e o branco, símbolos da oposição ao Presidente Alexander Lukashenko, podem causar sérios problemas na Bielorrússia. Natalia Sivtsova-Sedushkina pagou um preço demasiado alto por calçar umas meias às riscas.

De acordo com a BBC, a jovem foi recentemente detida por quatro homens encapuçados em Minsk, capital do país, por estar a usar meias brancas com riscas vermelhas. A cadeia britânica acrescenta que a jovem também foi acusada de dar sinais de vitória (um “V”) aos motoristas, que retribuíram a continência.

Natalia Sivtsova-Sedushkina foi condenada a pagar uma multa de 2.320 rublos, cerca de 745 euros, além de ter sido processada sob leis que proíbem protestos não autorizados.

Lukashenko é intransigente quanto à utilização destas duas cores. O simbolismo do branco e do vermelho persegue-o há meses, desde que o povo bielorrusso se revoltou contra o Presidente e contra o seu regime.

Ambas as cores estão associadas às históricas manifestações de dezenas de milhares de pessoas que, em Minsk e um pouco por todo o país, protestam desde 9 de agosto de 2020 contra a reeleição considerada fraudulenta de Alexander Lukashenko.

Svetlana Tsikhanovskaïa, oponente do regime, pediu que os seus apoiantes usassem pulseiras da cor da “honestidade” e tanto o branco como o vermelho invadiram a multidão.

Estas duas cores também estão associadas às da bandeira da República Popular da Bielorrússia de 1918. A bandeira vermelha e verde oficial do país, herdada do período soviético, foi reintegrada em 1995 sob a presidência de Lukashenko

Liliana Malainho, ZAP //

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