O Presidente dos EUA, Joe Biden, contactou esta quarta-feira por telefone o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga, com os dois dirigentes a reiterarem a exigência comum de uma “desnuclearização completa” da península coreana, indicou a Casa Branca.
No decurso do telefonema, Biden recordou o “indefetível envolvimento” dos Estados Unidos na proteção do seu aliado nipónico, em conformidade com a aliança militar em vigor entre os dois países, precisou o Executivo norte-americano.
Após a sua vitória eleitoral em novembro, Biden comprometeu-se em manter os pactos de defesa mútua com os aliados estratégicos dos EUA e restabelecer as relações com alguns destes países, após um afastamento sob a presidência de Trump.
A relação entre Seul e Washington, duas outras capitais unidas por uma aliança militar, também registou turbulências nos últimos anos, com Trump a acusar a Coreia do Sul de não contribuir de forma suficiente à presença militar norte-americana no seu território, exigindo milhares de dólares.
Na relação com Pyongyang, os especialistas aguardam um regresso à situação mais clássica com Joe Biden, em posição a Trump e cujo mandato alternou entre as fases de “lua de mel” ou de tensão extrema com Kim Jong Un, o líder norte-coreano.
Administração Biden congela venda de caças F-35 aos Emirados Árabes Unidos
Entre vários negócios agora suspensos destaca-se a venda, no valor de 23 mil milhões de dólares, de 50 caças F-35 aos Emirados Árabes Unidos, que permitiriam a este aliado norte-americano ser o primeiro Estado árabe do Médio Oriente a operar o avião.
Segundo o Departamento de Estado, trata-se de uma “ação administrativa de rotina”, habitualmente feita por novas administrações com contratos de venda de armamento, e a revisão dos contratos não implica o seu cancelamento.
“Esta é uma ação administrativa de rotina, habitual na maioria das transições, e demonstra o compromisso da Administração com a transparência e boa governação, bem como assegurar que as vendas de armas dos Estados Unidos vão ao encontro dos nossos objetivos estratégicos de apoiar parceiros de segurança no seu fortalecimento, interoperacionalidade e maior capacidade”, referiu o Departamento de Estado.
A Administração Trump aprovou nos seus últimos meses vendas de armamento no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, incluindo dos F-35 aos Emirados Árabes Unidos, após a assinatura dos Acordos Abraham, que normalizaram as relações entre deste país e do Bahrein com Israel.
Uma tentativa para bloquear a aprovação da venda no Senado, em dezembro, não obteve os votos necessários.
Os senadores criticaram a rapidez e as dúvidas em relação ao acordo, apresentado pela Administração Trump como parte do esforço para conter a ameaça do Irão no Médio Oriente.
Entre os acordos criticados por membros do Senado está um com a Arábia Saudita, cuja aprovação pelo Congresso o ex-secretário de Estado Mike Pompeo evitou alegando uma situação de emergência.
ZAP // Lusa